Jorge Sampaoli está suspenso e verá seu auxiliar comandar o Galo contra o Flamengo
Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Um turno após vencer o Flamengo, o atual campeão nacional e o então todo-poderoso do futebol nacional, o Atlético-MG voltará a ficar frente a frente com o Rubro-Negro, um rival histórico. Especificamente neste jogo de hoje (8), às 18h15, pela 20ª rodada do Brasileirão, o técnico Jorge Sampaoli não estará no banco de reservas do Galo, já que cumprirá suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Se estivesse, ficaria mais perto, assim como em 9 de agosto de 2020, do clube no qual já desejou muito trabalhar.



Ainda quando técnico do Santos, em 2019, Sampaoli foi defendido por algumas pessoas do Flamengo no momento em que Abel Braga foi demitido. Apesar de o nome agradar à época a uma ala do clube, o convite, no entanto, nunca foi feito. O Rubro-Negro virou seus olhos para outro treinador estrangeiro, Jorge Jesus. O negócio saiu, e o português veio para o time carioca para fazer história.


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Quando o Mister decidiu retornar para o Benfica, no começo de 2020, os rubro-negros novamente voltaram suas atenções para nomes de estrangeiros. Já empregado no Galo, Sampaoli dessa vez não fez parte da lista de desejos do clube, que encontrou na Espanha sua solução.

Após diversas entrevistas na Europa, o vice Marcos Braz e o diretor Bruno Spindel acertaram com Domènec Torrent, ex-auxiliar de Guardiola. A escolha esteve longe de ser uma unanimidade no clube, mas prevaleceu a palavra final de Braz, muito respaldado pelos títulos recentes.

Como o Galo convenceu Sampaoli?
Antes de aceitar o convite do Atlético-MG, Sampaoli, que nutria o desejo particular por dirigir o Fla, cumpriu um tempo sabático após se desligar do Santos. Durante esse período recebeu consultas e propostas de seleções, como a venezuelana, por exemplo, de clubes mexicanos, mas nada do Flamengo.

A intenção de Sampaoli era assumir um time para ser protagonista e "ganhar tudo" como fez o português Jorge Jesus. E foi com esse discurso de ser um rival à altura para o Flamengo já em 2020, com investimentos fortes no futebol, que um grupo de investidores "laçou" o argentino e fez um contrato de dois anos com ele no Atlético-MG. A multa contratual é altíssima para os padrões brasileiros no primeiro ano: US$ 2,5 milhões — R$ 13,3 milhões na cotação atual. E no segundo ano o valor cairá para R$ 8,03. Fato que já aguçou a ânsia do comandante.

O Galo é o terceiro colocado no Campeonato Brasileiro com 32 pontos, três a menos que o vice-líder Flamengo, e a partida de hoje será mais um tira-teima para mostrar se o projeto atleticano até aqui cumpre a promessa dos investidores atleticanos: fazer frente ao time carioca.

Do lado do Fla
Sem Jesus, que voltou à Luz, casa do Benfica, Dome chegou e demorou um pouco para se ambientar. E mesmo assim, pelo fantasma português, está longe de ser uma unanimidade.

O trabalho enfrenta resistência no clube e tem em Braz o seu principal suporte. Entre os jogadores, Dome é querido e tido como uma pessoa aberta ao diálogo.

O Flamengo é o segundo colocado na tabela do Brasileiro com a mesma pontuação do Internacional, o líder, ambos com 35 pontos. E uma vitória em cima do Galo abrirá seis pontos dos mineiros e poderá, quem sabe, dependendo do resultado de Inter x Coritiba, às 16h, também no domingo, assumir o lugar mais alto da classificação. Lembrando que, com jogos a menos, o São Paulo também se candidata à disputa da primeira posição.



Destino jogando contra?
A relação de Sampaoli e o Flamengo — não é de hoje — é feita de encontros e desencontros. E esses caminhos que não se cruzam tiveram início em 2015, quando a chapa encabeçada por Wallim Vasconcellos colocou o treinador como o preferido para dirigir o time. O profissional chegou a desmentir um eventual acerto, Eduardo Bandeira de Mello venceu o pleito naquela época, e melou os planos do grupo derrotado. Afastando, mais uma vez, o Fla do argentino.

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