Cresci vascaíno, daqueles chatos mesmo, que diziam que até o Odvan era melhor que o “tal do Zico” e aos poucos meu pai me mostrou o outro lado do futebol e cada vez mais me tornou desapegado do fanatismo e próximo da realidade e sensatez.

Tão sensato a ponto de confessar que depois de assistir a jogo na arquibancada de Botafogo, Fluminense e Vasco, faltava um. Talvez o “UM”.

Ninguém entende flamenguista. Diz que o Hernane é ruim mas implora pra ele entrar no jogo, fala que o time vai ser rebaixado mas se ganha do XV de Piracicaba, canta que “Barcelona pode esperar, a sua hora vai chegar!” e quando tudo aponta pro “não vai dar” aí é que ele acredita. E não é que dá? Se for aos 43 do segundo tempo então, melhor ainda…

O que vi ontem no Maracanã foi uma covardia contra o Cruzeiro. O time azul jogava com 11 jogadores e o time rubro-negro tinha 11 em campo mais 53 mil que cantaram o jogo todo.

A impressão que eu tinha era que o jogo estava comprado porque mesmo com 43 do segundo tempo, não via desespero na cara de ninguém e só ouvia um “vai dar, nem que seja no ultimo minuto”

É diferente. Confesso.

“Ah, mas a torcida de não sei lá quem é foda”

Amigo, manda vir ao Maracanã, assiste no meio da galera e depois me diz se você não saiu cantando “Oh meu Mengão, eu gosto de você!”

Aconteceu comigo, vai ser assim com você…

Entendam uma coisa: A graça do futebol é essa. Saibam aproveitar. Usem o futebol para se divertir e não deixem que ele use você.
Sou flamenguista? Não. Cresci vascaíno e vou morrer assim mas não tenho problema algum em admitir que a “torcida deles é foda”.

Não gostou? Acha que um vascaíno não pode falar assim do Flamengo? Faz o seguinte. Me procura lá no meio da torcida contra o Botafogo que a gente bate um papo e te mostro o meu ponto de vista.