O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) anunciou nesta quinta-feira que o inquérito que investiga a acusação de injúria racial envolvendo Ramírez, do Bahia, e Gerson, do Flamengo, foi arquivado. O relator do processo, o auditor Dr. Maurício Neves Fonseca, foi o responsável pela liberação do parecer de conclusão.
De acordo com o órgão, o relator informou que todas as pessoas ouvidas na apuração do caso, dentre elas o árbitro, os assistentes, o delegado da partida e o então técnico do Bahia, Mano Menezes, disseram que não escutaram Ramírez dizer a Gerson a frase "cala a boca, negro". Além disso, o atleta colombiano negou os fatos e as testemunhas do meio-campo Rubro-Negro, os jogadores Bruno Henrique e Natan, declararam na delegacia de polícia que não ouviram as palavras citadas.
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O auditor ainda esclarece que Gerson, Bruno Henrique e Natan, "não compareceram ao Tribunal, tampouco manifestaram interesse em realizar as oitivas por videoconferência, tal como lhes foi facultado por esse relator", ressaltou.
"Destarte, para que seja caracterizada a existência de infração disciplinar e determinada a sua autoria, é necessário que venham aos autos elementos que comprovem os fatos e sua materialidade, para ser reconhecida a justa causa, cujo requisito é obrigatório para deflagrar um processo disciplinar desportivo", completou.
O caso aconteceu no dia 20 de dezembro do ano passado, na partida entre Flamengo e Bahia pelo Campeonato Brasileiro. Após uma discussão entre Ramírez e Gerson, o jogador da equipe carioca afirmou que o colombiano disse a ele a frase "cala a boca, negro". Após o ocorrido, o atleta do Tricolor foi afastado do restante do elenco, mas foi reintegrado às atividades poucos dias depois.
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