A CBF divulgou na última quarta-feira (24) a tabela do Campeonato Brasileiro de 2021, além de anunciar como principal novidade o limite para a troca de técnicos nos clubes, que agora poderão demitir e contratar um novo treinador apenas uma vez, assim como os profissionais ficam vetados de pedir demissão para assumir uma nova equipe duas vezes.
No podcast Posse de Bola #111, Mauro Cezar Pereira critica a subserviência dos clubes à CBF e afirma que a medida de limitar as trocas de técnicos serve como uma cortina de fumaça para outras questões, como a quantidade de rodadas nas quais os clubes perderão jogadores para as seleções devido à Copa América e Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022.
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"Me chama a atenção também a subserviência dos dirigentes à CBF, ela é tão grande que os caras ainda votam e aprovam algo que é assim: 'eu preciso de um freio, de uma trava, alguém que me controle, então, CBF, faça isso'. Mas a CBF é capaz? Essa grande cortina de fumaça criada com esse factoide serviu para que se falasse menos, é o que está acontecendo, esse é o verdadeiro absurdo, metade das rodadas do Campeonato Brasileiro com desfalques", diz Mauro Cezar.
"Times mutilados, o campeonato vai ser estuprado pelas competições de seleções, Copa América, essa coisa totalmente descabida, em dois países, é uma piada, e as gloriosas partidas das eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. Então, teremos um Brasileirão com mais ou menos metade das rodadas com vários times desfalcados. O Palmeiras vai perder muitos jogadores, o Flamengo vai perder muitos jogadores, outros times perderão jogadores também e isso está sendo muito pouco comentado e ninguém falou nada também", completa.
O jornalista cita a ausência do tema nos trechos revelados da reunião realizada por videoconferência entre Rogério Caboclo, presidente da CBF, e os dirigentes dos clubes, e chama a atenção também para a postura do mandatário da entidade que rege o futebol brasileiro.
"Me surpreendeu também o tom, porque o presidente da CBF nas suas aparições públicas, ele sempre é muito, tem a fala mais pausada, mais calminha e ali ele falou grosso, de uma forma muito diferente das suas aparições. Sem ironia nenhuma, eu fiquei surpreso, porque toda vez que eu vejo o Caboclo falando, ele fala muito calmo, parece até médico pediatra quando fala com criança. Uma calma, uma tranquilidade, e de repente ele está falando, até palavrão ele falou ali, falou palavrão com uma ênfase tremenda", conclui.
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