A "turma da mureta" se tornou inseparável para Mano Menezes nos jogos do Flamengo no Maracanã. Foram cinco desde que o estádio foi reinaugurado. E desde estão, dali pertinho, vem uma carga pesada de críticas, aplausos, elogios e até conselhos. Na vitória por 2 a 1 sobre o Santos, quinta-feira, Mano se virou várias vezes para a torcida, ouviu, pediu calma e sorriu. Thales Coutinho, morador de Macaé, na região Norte Fluminense do Rio de Janeiro, foi um dos que trocaram sorrisos e dialogaram com o treinador.

- Todo mundo está falando que o auxiliar dele está preocupado comigo, que agora está com o cargo em risco (risos). Nesse jogo (contra o Santos), o time estava ganhando por 1 a 0 e a zaga rifando direto a bola. E muita gente estava xingando por ali, mas eu falei na boa: "Mano, o time está dando muito chutão. Temos que colocar a bola no chão". Ele virou para mim e pediu calma. E toda hora olhava, ria e até fez um sinal de ok. Levou na brincadeira - contou.

Thales conta que para ele Mano já é um velho conhecido. Para ser mais exato, desde o jogo contra o Fluminense, quando o Rubro-Negro venceu por 3 a 2, no dia 11 de agosto. Coincidência ou não, na oportunidade ele gritou pedindo uma mudança, que foi ouvida e atendida pelo técnico prontamente. Começava ali a "parceria".

- No Fla-Flu eu fui ali também e ficava no pé do ouvido dele. E toda vez que ele vai dar instruções ao time e volta, ele olha para a galera. Aí gritei: "Mano, Nixon está mal". Nisso ele olha para mim e faz sinal de ok. Logo em seguida ele sentou no banco e mandou chamar o Paulinho, que entrou no lugar no Nixon. Como cada torcedor acha que é técnico, a gente acredita. O legal do Mano é que ele se envolve com os torcedores dali - brincou.

Contra o Atlético-PR, no dia 19 de setembro, no Maracanã, Thales promete voltar com mais instruções e auxílios.

- Ele sempre me escuta. Estarei lá nos próximos jogos para ajudar o Mano. Vou dar mais conselhos para ele para ajudar o Flamengo - disse Thales, se divertindo.