Wallim nos contou que, em meio à reformulação que foi posta em prática, às cobranças por resultados imediatos que surgem, e diante da quantidade de problemas, o esforço se tornou ainda mais hercúleo.

“Temos que ter paciência. Óbvio que a paciência tem limite, principalmente com futebol…”

Mas aos poucos a casa vai sendo arrumada e ações importantes surgem, como os projetos de incentivo que devem ser aprovados em breve e que serão fundamentais para a construção do CT George Helal, para a revitalização da Sede da Gávea e para a retomada de atividades como os esportes olímpicos.

Segundo o vice-presidente, algumas empresas já se comprometeram com o investimento financeiro através dos programas de incentivo que estão sendo viabilizados.

“Conseguindo obter recursos de outras fontes para CT, Gávea e demais modalidades, o Flamengo conseguirá ter fôlego para investir no futebol.”

Como está o planejamento para contratações em 2014?

Wallim – Já estamos atuando no planejamento para 2014, quanto antes começar, mais produtivo será o trabalho em 2014.

Na ultima semana falamos sobre a noticia que circulou na grande rede, sobre o jogador Yago Pikachu , lateral direito do Paysandu, que vem realizando excelente campanha no Brasileiro da Série B. No mesmo dia da noticia, você respondeu ao Falando de Flamengo de que não existia negociação. Não seria interessante um lateral direito?

Wallim – O problema é o seguinte, a gente traz o Yago hoje, eu serei criticado por todo lado. Neste momento o Flamengo precisa de nomes que façam a diferença e não apenas apostas. Hoje existe uma prática de plantar notícias de que o Flamengo está negociando jogadores, mas é preciso saber qual a intenção dessas notícias. O que quero dizer é que não tem nada sendo negociado. Mas queremos sim reforçar o time. Para este ano é muito difícil. Até tem possibilidades, mas não será nenhum top de linha. O nosso elenco hoje é pequeno, o Mano tem poucas opções para colocar.

Como o clube projeta 2014? Teremos um time competitivo ou permaneceremos apenas com foco do pagamento das dívidas?

Wallim – A ideia é sempre ter um time competitivo. Você pode ter um time competitivo com vários orçamentos que vamos decidir junto com o Mano e o Pelaipe e apresentar para toda diretoria. Podemos ter um orçamento X – teremos um time para ficar igual a este ano. O que a gente não quer. Um orçamento Y – teremos um time mais qualificado, porém difícil de chegar e ser campeão. Ou um orçamento Z – onde estaremos brigando lá em cima. Podemos até bater na trave. Mas brigaremos por cima. Agora vamos atrás dos recursos. Para termos um time de Tops onde que podemos arrumar dinheiro? Ai teremos que montar uma equação financeira, eu quero um time top de linha.

FDF – Existe a perspectiva de alguma “engenharia criativa” para fazer contratações de peso? Teremos finalmente algum jogador diferenciado para empurrar a torcida e o marketing do clube?

Wallim – Temos. Vai depender se toda a engenharia vai se realizar. E temos o Sócio Torcedor que é muito importante, cada vez mais. Não podemos desanimar, temos que continuar acreditando para podermos qualificar nosso time. Se as pessoas acreditam que o trabalho é esse, que tem que ser honesto e focado, naquela direção, tem que acreditar. Chegaremos lá. Pode demorar um pouco? Até pode, teremos turbulências no meio do caminho, mas chegaremos lá. A torcida é fundamental na recuperação do Flamengo! A torcida pode ter certeza de que o grupo que está aqui quer e defende o melhor para o Flamengo.