Elias recebeu o terceiro cartão amarelo na vitória sobre o Cruzeiro no Maracanã pela Copa do Brasil e está suspenso para a próxima partida do Flamengo na competição – contra o Botafogo, no próximo dia 25, pelas quartas de final. O Rubro-negro, porém, ainda tenta contar com seu principal jogador para a partida.

Se sentindo prejudicado pelo regulamento da competição, o clube da Gávea entrou com um mandado de garantia no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para que um dos três cartões recebidos por Elias seja anulado, possibilitando sua escalação no clássico carioca do torneiro.

O departamento jurídico do clube alega que a determinação do regulamento de não zerar os cartões para as fases finais prejudica alguns clubes, como o próprio Flamengo, já que os jogadores "carregam" essas punições enquanto outros times que entraram nas etapas seguintes têm seus atletas "zerados".

O pedido do clube será julgado na próxima quinta-feira, às 12h, no plenário do STJD, no Rio de Janeiro.

"Não se pode estabelecer situações iguais para times com trajetórias diferentes. Tem que haver uma coisa justa. Você está dando vantagem para as equipes que entraram agora. Não tenha dúvida que fomos prejudicados. Acho que não precisava disso. Perdemos um jogador importante", lamentou o técnico Mano Menezes, na época da punição.

O Rubro-negro solicita que o cartão recebido por Elias contra o Campinense, na segunda fase, seja desconsiderado e que a contagem seja iniciada a partir das oitavas de final. Com isso, o volante teria apenas dois cartões amarelos, podendo atuar contra o Botafogo no dia 25.

Porém, a vida do Flamengo para reverter a punição no tribunal não será das mais fáceis. Procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt disse entender o argumento do Flamengo, mas não acredita em um desfecho positivo para o clube.

"Há uma coerência no argumento do Flamengo, mas é uma situação complicada. Vamos dizer que a Procuradoria poderia até concordar, mas o regulamento foi divulgado lá atrás. Por que não viram isso antes? Se poderia gerar desequilíbrio ou prejuízo, tinha que ser visto e debatido anteriormente. Peno que agora seja o momento para essa discussão. Talvez em uma próxima competição. Acredito que não caberá esse mandado de garantia", opinou Schmitt.