Por esportes olímpicos, Flamengo aposta em Leis de Incentivo

20/9/2013 17:47

Por esportes olímpicos, Flamengo aposta em Leis de Incentivo

Clube busca colher os frutos depois de ter regularizado sua situação fiscal

Por esportes olímpicos, Flamengo aposta em Leis de Incentivo
Depois de desativar os esportes olímpicos no início do ano, a diretoria do Flamengo decidiu apostar nas leis de incentivo para tentar reerguer o departamento. Com a nova estratégia, o clube já conseguiu aprovar cerca de R$ 35 milhões em projetos para mais de dez modalidades e, entre outubro e novembro, espera a resposta de mais R$ 32 milhões.

O novo caminho escolhido pelo Flamengo só foi possível pela conquista das CNDs, no início do ano, documentos exigidos pelo governo estadual e federal, que comprovam que os impostos estão em dia. Com isso, o clube tem desembolsado cerca de R$ 7 milhões por mês, o que vai significar aproximadamente R$ 84 milhões por
ano.

– Pagar imposto é uma coisa óbvia, mas que nos últimos anos não estava tão óbvio assim. O que estamos tentando fazer é compensar os gastos em impostos com projetos pelas leis de incentivo. É a forma que achamos de recuperar esse dinheiro. Nossos olímpicos não vão depender do futebol – afirmou o vice-presidente de Esportes Olímpicos do Flamengo, Alexandre Povoa.

Apesar de já ter conseguido aprovar mais da metade dos projetos, Póvoa diz que o trabalho está começando. Com as cartas de permissão para captação, o clube agora busca empresas interessadas em bancar os planos de reestruturação do esporte olímpico na Gávea, e também em outras ideias.

– Todo o processo é trabalhoso. E todo mundo acha que a fase de captação é a mais fácil. Mas não é. Tem empresa que não quer nem ouvir falar em futebol. E tem empresa que destina todo o dinheiro que pode para a cultura. O ICMS não tem data, mas o IR, sim, o que também dificulta. A gente precisa de pelo menos 20% até o fim do ano, para continuar podendo captar – explicou o diretor.

Dos R$ 67 milhões em projetos incentivados, R$ 30 milhões são pela lei estadual do Rio de Janeiro e R$ 37 milhões, pela federal. Dentre os planos do clube estão: reforma no parque aquático da Gávea, obras nos CTs da base e do profissional, em Vargem Grande, custos com basquete, futsal, vôlei, ginástica artística, judô, natação, remo, canoagem, pólo aquático, etc. Os gastos incluem viagens, salários e equipamentos, deixando de fora direitos de imagens.

Bate-Bola
Alexandre Póvoa, Vice-presidente de Esportes Olímpicos do Flamengo

L!Bizz: Como surgiu a ideia?
Queremos mudar esse círculo vicioso de sempre estar atrasado. Agora estamos em dia e pagamos muito todo mês. Vamos tentar equilibrar a balança. A ideia de pedir colaboração dos torcedores surgiu do conhecimento da lei, é uma forma que pode nos ajudar.
L!Bizz: Qual é a expectativa de vocês de arrecadação com torcedores?

AP: Isso é uma coisa muito inédita no Brasil e, por isso, a gente não consegui ter dimensão do que vai significar em números. Achamos que vamos arrecadar muito. Queremos fazer que esporte olímpico se sustente no clube, sem o futebol.
L!Bizz: Como vai ser a campanha com os torcedores?

AP: Temos um cadastro com mais de 600 mil torcedores. Vamos usar isso, fazer propagandas na televisão e na internet também. Claro que o foco vai ser maior na classe média alta, mas vamos acionar todos os nossos torcedores.

L!Bizz: Em quanto tempo vocês esperam ter uma equipe competitiva?
AP: Por enquanto vamos focar na base, mas acho que na temporada 2014/2015 vamos conseguir ter equipes fortes para competir.

João H. Chiminazzo
Especialista em direito desportivo

Projeto precisa ser muito detalhado. Na lei de incentivo federal, as empresas podem doar 1% do seu imposto devido para projetos esportivos, e as pessoas físicas podem doar 6%. E cada estado pode ter uma lei de incentivo própria.

Via de regra, o processo é o seguinte: o clube monta o projeto detalhado e manda para o Ministério do Esporte, que vai ver se cumpre os requisitos. Se não estiver em ordem, eles devolvem e indicam o que precisa mudar. Quando aprovado, chega a fase de captar recursos, com empresas ou pessoas físicas. O dinheiro arrecadado é depositado numa conta específica. Se o projeto for de R$ 1 milhão e estiver no cronograma que você vai gastar R$ 100 mil por mês, é só isso o que você vai retirar. Para o torcedor, o depósito também será na conta do projeto e, quando for fazer a declaração do IR, terá o abatimento.

791 visitas - Fonte: LanceNet


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