Se o gol é o grande momento do futebol, a 23a rodada foi a pior do Campeonato Brasileiro de 2013, pelo menos até o momento. Foram apenas 14 bolas na rede em dez jogos, média pífia de apenas 1,4 gol por partida.

Os números da jornada impressionam se comparados com os gerais da disputa, afinal, são 26,7 tentos por rodada até aqui, sendo 2,7 por duelo. Ao todo, já saíram 615 gols em 228 partidas (existem duas atrasadas).

E os principais responsáveis por isso, não únicos, observe bem, foram os goleiros, que protagonizaram um verdadeiro espetáculo de defesas durante o final de semana.

Gideão, do Náutico, por exemplo, fez três defesas com a bola em cima da linha no empate sem gols com o Flamengo.

Arqueiro rubro-negro, Paulo Victor também deu show com uma intervenção sensacional em chute de Martinez aos 35 minutos do primeiro tempo.

Assim como na Arena Pernambuco, outros dois jogos acabaram com o placar zerado, e outros três tiveram a contagem mínima. Destes, em pelo menos dois os goleiros foram os destaques.

Fábio foi bem, mas Cássio foi uma verdadeira muralha no Pacaembu diante do Cruzeiro, líder e melhor ataque do Nacional com 48 gols, especialmente no primeiro tempo. Pegou tudo, até o chute cara a cara com Júlio Baptista no último lance do confronto.

Assim, fez o time mineiro, que, em média, anota mais de dois gols por encontro, sair sem balançar a rede apenas pela terceira vez neste Brasileiro.

Em Goiânia, Rogério Ceni deu espetáculo no duelo particular que travou com Walter e também operou milagres em finalizações de Hugo e Araújo.

No último lance, porém, o goleiro deu azar. De longe, o ex-são-paulino Rodrigo cobrou falta com violência e acertou o poste direito, a bola voltou, tocou em Rogério e foi parar dentro do gol.

O contraponto entre os goleiros é Victor, que na vitória do Atlético-MG sobre o Vasco tomou um frangaço.