24/9/2013 15:42
Na Argentina, jogadores tiveram importantes conquistas após greves
A exemplo do que pode ocorrer no Brasil, jogadores argentinos conseguiram alcançar muitos direitos após pressionarem os dirigentes do país
Fora do Brasil a pressão dos jogadores de futebol já resultou em conquistas importantes para a categoria. O maior exemplo é encontrado na vizinha Argentina, onde ao longo da história os jogadores paralisaram o futebol local várias vezes.
O engajamento dos argentinos é tamanho que um deles, o meia D'Alessandro, também se juntou ao grupo de jogadores brasileiros que reivindica mudanças no futebol nacional. O meia do Internacional já havia se declarado à disposição em entrevista concedida ao LANCE!Net.
A primeira greve de jogadores na Argentina ocorreu em 1931. Depois de oito dias de paralisação os atletas conseguiram a promulgação da profissionalização do futebol local. É o início da chamada "Era Profissional" e o Campeonato Argentino de fato.
Em 1944 é fundada a Futbolistas Argentinos Agremiados (FAA), entidade criada para defender o direito dos jogadores. Quatro anos depois surge a segunda greve, que foi a mais longa e durou de novembro daquele ano a maio de 1949. Os atletas conseguiram impedir a imposição de um teto salarial.
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Durante a greve daquele ano vários jogadores consagrados, como Di Stéfano, Pedernera, Nestor Rossi e Sastre, deixaram o país para atuar no exterior. O destino principal foi a Colômbia, que chegou a receber 57 atletas argentinos naquele período. O Campeonato Argentino de 1948, por sua vez, não foi paralisado e acabou sendo disputado por equipes juvenis.
Em 1971 foram registradas duas greves. A primeira em março, quando os jogadores se opunham à medida que limitava em 20 o número de profissionais em cada equipe. Em novembro, a AFA tentou anular as conquistas do acordo de 1949. Depois de 18 dias de pressão os atletas conseguiram a promulgação de um novo convênio coletivo. Líder do movimento, o meia José Omar Pastoriza, do Independiente, teve de sair do país e ir defender o Monaco, da França.
Quatro anos depois os jogadores argentinos voltaram a parar por quatro dias. A greve resultou na assinatura de um novo acordo coletivo.
A série de paralisações continuou pela década de 1980. Em 1985 os jogadores Ricardo Gareca, atual técnico do Vélez, e Oscar Ruggeri receberam o apoio de seus companheiros de profissão para conseguirem suas liberações do Boca Juniors. Três anos mais e os atletas pararam por uma semana em protesto pelo fato de antes da partida entre Instituto e San Lorenzo, em Córdoba, uma bomba explodiu perto do vestiário visitante e quase custou a vida do jogador Claudio Zacarias.
Demorou um pouco mais de tempo para os jogadores argentinos voltarem a entrar em greve, no entanto fizeram isso em 1997. O motivo foi o fato do clube Deportivo Español impedir a saída de seis jogadores, que desejavam ser liberados pelo clube. Foram 15 dias de paralisação e os atletas foram liberados.
No fim dos anos 90, o futebol argentino ficou uma semana parado nos anos de 1998 e 1999. O motivo foi contra a crescente violência dentro dos estádios.
A última greve dos jogadores argentinos se deu em 2001, em protesto contra as dívidas que praticamente todos os clubes do país tinham com seus atletas. A Associação do Futebol Argentino (AFA) recorreu a um empréstimo a bancos internacionais para saldar a dívida de quase 50 milhões de dólares.
784 visitas - Fonte: LanceNet
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