Os encontros entre Flamengo e Botafogo costumam acirrar os ânimos de Fabi e Bernardinho durante os treinamentos da equipe do Rio de Janeiro. Fanática pelo Rubro-Negro, a líbero costuma encarnar no técnico, quando o time da Gávea sai vitorioso. Em contrapartida, o alvinegro gosta de dar suas alfinetadas, quando é o Glorioso o vencedor.

Após o empate por 1 a 1, no primeiro encontro dos clubes, pelas quartas de final da Copa do Brasil, o clima de provocação estava mais ameno durante a apresentação do elenco do Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira. Com isso, a discussão principal se deu sobre quem é o mais apaixonado por seu clube do coração. Para a camisa 14, o tema tem uma resposta mais do que óbvia.

- Ele é botafoguense fajuto e eu flamenguista fanática. Ele só é Botafogo quando ganha. Quando perde, nem liga. Sabe nada. O Bruninho, filho dele, que é o doente - provocou Fabi, que ainda não foi no antigo Maior do Mundo desde a sua reabertura.

- Eu ia nesse jogo, mas como tinha apresentação muito cedo do time, preferi ficar em casa. Mas quero muito ir no jogo de volta - revelou.

Em tom de ironia, Bernardinho afirmou que gosta de colocar pilha na jogadora quando seu alvinegro vence. O técnico, que só viu o segundo tempo da partida desta semana, achou bom o que desempenho da equipe de Oswaldo de Oliveira.

- Ela não sabe nada. Gosto de dar trela para ela. Ontem (quarta-feira), eu estava dando uma palestra na PUC e só vi o segundo tempo. Foi bom, gostei. O time jogou bem melhor - declarou o comandante, que logo após a resposta se dirigiu até Fabi, que concedia entrevista coletiva, e "soprou" no seu ouvido.

- Fogo! - zombou, arrancando uma risada da atleta.
Quem aproveitou o ensejo e entrou na provocação foi Radamés Lattari. Torcedor do Flamengo e ex-dirigente do clube nos anos de 2002 e 2003, Lattari chegou a afirmar que a escolha de Bernardinho foi castigo de criança.

- Quando ele era criança foi castigado e virou Botafogo, mas ele é Flamengo e sabe disso - disse o ex-técnico de vôlei.

No final das contas, o próprio treinador da seleção masculina de vôlei deu o braço a torcer.

- Eu sou (botafoguense) de araque mesmo - confessou.