Nove clubes do país ameaçam boicotar a Copa São Paulo de 2014 caso o São Paulo participe da competição. A revolta contra o Tricolor é porque a diretoria seria adepta da prática de aliciar as jovens revelações da base do país. O Corinthians e o Palmeiras não se posicionaram sobre o fato.

"Não temos manifestação a fazer", disse o gerente da base corintiana, Fernando Alba, ao UOL Esporte. "A gente está aguardando o desenrolar disso. Queremos ver se vão manter o boicote. Se isso acontecer, a gente vai ver o que faz".

Segundo o diário Lance, nove dos principais clubes do país já aderiram ao boicote (Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, Vitória, Sport e Goiás).

"É por conta do assédio, eles continuam roubando jogadores de todos os clubes, e hoje com mais um agravante, a seleção de base está treinando lá em Cotia", explicou Epifânio Carneiro, diretor da base do Vitória.

"Os clubes não concordam com a política do São Paulo de ficar convidando jogadores que estão em determinados clubes a se transferir para o São Paulo", afirmou Guilherme Mendes, diretor de comunicação do Cruzeiro.

Alguns dos clubes teriam até enviado uma carta para a Federação Paulista de Futebol condicionando a presença na Copinha à saída do São Paulo. Consultada via assessoria de imprensa, a FPF não confirma, nem nega a informação.

"A Federação Paulista de Futebol está tratando do assunto. No momento não há novidades", se limitou a responder a assessoria da Federação.

Questionado sobre o fato, o gerente da base do São Paulo, Marcos Tadeu, disse desconhecer o boicote. Ele também negou que a diretoria do Tricolor tenha o hábito de aliciar os jovens talentos da base no país.

"Não tenho o que falar. Nós fomos convidados para esse evento [Copinha] e estamos nele", esclareceu Tadeu. "O São Paulo tem feito tudo dentro da legislação vigente".