O Flamengo que enfrentou e perdeu por 1 a 0 para o Grêmio, domingo, no Maracanã, nem de longe lembrou o time de Renato Gaúcho que a torcida se acostumou. Sem poder ofensivo, não foi capaz de sair das armadilhas do adversário e terminou a partida com apenas uma finalização na direção do gol. Muito pouco para quem terminou o jogo com Bruno Henrique, Gabigol, Pedro e Kenedy na frente.
Renato e seus comandados têm muito crédito pelo trabalho desenvolvido até aqui, mas vão precisar de uma recuperação parecida com a mostrada na outra derrota do Flamengo sob seu comando, o 4 a 0 contra o Internacional. Na partida seguinte, o time goleou o Olimpia por 4 a 1, no Paraguai, pela Libertadores. Na próxima quarta a equipe faz o jogo mais importante do ano, contra o Barcelona.
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Contra o Grêmio, o time teve um desempenho coletivo ruim e também sem destaques individuais. A equipe foi passiva e fugiu ao que costuma ser um de seus pontos fortes, a marcação alta com pressão na saída de bola adversária.
Everton Ribeiro ficou sobrecarregado no setor de criação. Por característica, Vitinho foi mais atacante do que armador. E que falta faz Arrascaeta, desfalque por causa de uma lesão muscular. Gabigol não se entendeu nas tentativas de tabelas e vacilou nas poucas oportunidades que teve. A melhor chance foi em uma cabeçada de Léo Pereira defendida pelo goleiro gremista.
Para piorar, Borja aproveitou um dos poucos momentos em que Rodrigo Caio descolou dele na marcação e marcou de cabeça. Um vacilo coletivo que custou caro. O clima tenso entre os jogadores em campo mudou, mas não serviu para o Flamengo ter uma reviravolta no segundo tempo.
- Nem todos os jogos nós vamos jogar bem. Mas não faltou espírito de luta. Às vezes, é falta de entrosamento, outros jogadores voltando de lesão. É uma realidade. Jogar a cada três dias o desgaste é muito grande. Não tem uma equipe no mundo que vá jogar bem todos os jogos. E todo mundo que enfrenta o Flamengo joga uma Copa do Mundo - disse Renato.
Mudanças de Renato não surtem o efeito desejado pelo técnico
Com as dificuldades mantidas no segundo tempo, Renato começou a mexer no time aos 18 minutos. Mesmo com mais presença no ataque com Bruno Henrique e Pedro nos lugares de Everton Ribeiro e Vitinho, o time não conseguiu se impor.
Kenedy, ainda sem ritmo, entrou na vaga de Michael e também não conseguiu mudar o panorama do jogo. Thiago Maia entrou já nos acréscimos, e era uma alternativa que tinha potencial para dar um retorno maior ao time se tivesse sido feita antes.
Ao todo, a equipe finalizou apenas oito vezes. A torcida ficou com uma sensação ruim, mas o Flamengo tem a chance de rapidamente mudar esse sabor, já na quarta-feira, com torcida (50% da carga) e a chance da presença de Filipe Luís e David Luiz.
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