A geração sub-17 do Flamengo começa a decidir nesta terça-feira, contra o São Paulo, a Copa do Brasil da categoria, após já ter conquistado o Campeonato Brasileiro. Um dos expoentes da equipe é o meia Victor Hugo, de 17 anos. O jovem ostenta números importantes na temporada: é o artilheiro do time, com 25 gols em 28 jogos, e, junto com 12 assistências, ostenta uma marca de respeito: com 37 participações em gol, tem média de 1,3 por partida.



LEIA TAMBÉM: Veja como o Flamengo pode montar ataque contra o Bahia


Em suma: até aqui na temporada, ter Victor Hugo em campo é praticamente garantia de gol para o Flamengo. O que nem sempre foi o caso. Decisivo na reta final do Campeonato Brasileiro, o meia precisou superar uma lesão na coxa para voltar a tempo. Jogou a semifinal e a final ainda longe das melhores condições, mas ainda assim contribuiu: fez o gol da classificação para a decisão e, contra o Vasco, no jogo do título, marcou mais duas vezes (veja no vídeo acima).

- Tive um período parado por causa de uma lesão na coxa. Perdi dois jogos importantes, o segundo das quartas e o primeiro da semi. Mas tive uma recuperação muito boa, o doutor (Fernando) Sassaki e os fisioterapeutas Diego Paiva e Diego Cruz me ajudaram muito, trataram da melhor forma possível, para que eu conseguisse voltar no segundo jogo contra o São Paulo, e fui feliz em voltar fazendo o gol da classificação para a final - lembrou Victor, em entrevista ao ge.

Em uma geração com diversas promessas, como o meia Matheus França (que já começou a transição no sub-20, mas reforçará o sub-17 na final) e os atacantes Petterson, Mateusão e Matheus Gonçalves, Victor Hugo impressionou pela consistência. Ao longo do ano, teve evolução física e ganhou mais força, o que lhe possibilitou avançar em seu estilo de jogo.

- Acredito que seja o resultado de muito trabalho e muita dedicação. Dentro de campo isso fez uma diferença muito grande para mim, no meu estilo de jogo, de dar arrancada, controlar mais a bola. Acho que minha evolução física me ajudou bastante em relação a isso. Eu sempre tive essa característica de pisar na área, fazer gols, dar assistência. Essa temporada mostra bem isso. Os números são incríveis, e me sinto muito feliz de poder ajudar a equipe desta forma.

Os números de Victor Hugo pelo Flamengo sub-17 em 2021

Jogos: 28
Gols: 25
Assistências: 12
Participação em gol: 37

Inspiração em Arrascaeta e Everton Ribeiro

Victor se inspira em Everton Ribeiro e Arrascaeta no Flamengo, em Kevin de Bruyne e Neymar fora do clube. Na equipe sub-17, é o camisa 10 do time, mas também mostrou veia goleadora. Aparece com frequência na área para finalizar ou servir os companheiros. Pessoas que acompanham o trabalho do jogador acreditam que, ao longo da carreira, ele também pode evoluir para ser um camisa 8, um segundo volante com chegada à frente.

Dentro do Flamengo, a aposta também é grande no jogador. Em agosto de 2020, Victor Hugo assinou seu primeiro contrato profissional com o clube. O vínculo vai até 2025 e tem multa rescisória de 50 milhões de euros (cerca de R$ 318 milhões na cotação atual).

Há grande expectativa sobre esta geração sub-17. No próximo ano, Victor Hugo seguirá os passos de Matheus França e será incorporado ao sub-20. Antes, porém, há uma missão importante: conquistar a Copa do Brasil contra o mesmo São Paulo que o Flamengo eliminou nas semifinais do Brasileiro.

- A gente sabe da grande expectativa que é colocada dentro da gente, por isso a gente segue trabalhando todos os dias, querendo mais, buscando evoluir para corresponder às expectativas e até superá-las. Temos um grupo muito forte, e um grupo que trabalha muito, com certeza a gente vai em busca desse título para coroar todo o nosso trabalho nesta temporada - finalizou Victor Hugo.



O jogo de ida da final da Copa do Brasil sub-17 acontece nesta terça-feira, às 19h (de Brasília), no Morumbi, com transmissão do SporTV. O duelo de volta ocorre na próxima segunda-feira, às 20h (de Brasília), no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.






Flamengo, Sub-17, Victor Hugo, Copa do Brasil, Mengão