O São Paulo rescindiu antecipadamente o contrato do atacante Negueba, que estava emprestado pelo Flamengo até o fim deste ano. O clube argumenta que o jogador mostrou pouco empenho nos treinos nos últimos tempos e que não era utilizado por Muricy Ramalho. No último sábado, o jornal Folha de S. Paulo publicou que o jogador havia sido criticado pelo presidente Juvenal Juvêncio por problemas disciplinares.

"Creio que a decisão será positiva para todos. Quero me concentrar no meu futuro, estou motivado e tenho certeza de que a próxima temporada será a melhor da minha carreira, sem lesões e com uma grande sequência de jogos", afirmou Negueba, via assessoria.

Dispensado, Negueba segue o mesmo caminho de Wallyson. O companheiro de posição também foi contratado por empréstimo pelo São Paulo no início deste ano, mas deixou o clube por falta de empenho. Teve o contrato rescindido e o empréstimo repassado ao Bahia, clube no qual está até agora.

Negueba agora voltará ao Flamengo, que o emprestou ao Morumbi ao envolve-lo em negociação com o São Paulo pelo meia Cleber Santana. Foi o técnico Ney Franco, à época no comando da equipe, que pediu a contratação do atacante, com quem havia trabalhado na seleção brasileira sub-20.

"Agradeço ao São Paulo pela oportunidade, infelizmente a lesão atrapalhou meu sucesso dentro do clube, mas é uma situação que faz parte do futebol e a qual todos os atletas estão sujeitos. Desejo sorte ao São Paulo e aos amigos que fiz no clube", completou o atacante.

No São Paulo, Negueba teve grave lesão um dia após ser apresentado como reforço no CFA de Cotia, no início da pré-temporada deste ano. Rompeu ligamentos do joelho direito e teve de passar por cirurgia, que o tirou de combate durante o primeiro semestre. Depois, teve poucas chances. Só ganhou espaço com Paulo Autuori, treinador com o qual chegou a ser titular, mas passou longe de convencer.

Já era certo que o São Paulo não o contrataria ao fim deste ano, quando o empréstimo terminaria. A rescisão se antecipou pelo fato de o atleta não ser utilizado por Muricy Ramalho, não convencer a diretoria e demonstrar, na avaliação da comissão técnica, pouco comprometimento com o atual momento do clube.