O Flamengo não deixou o Botafogo respirar, jogou dentro do campo do adversário e construiu com facilidade a vitória por 3 a 1, quarta-feira, no Nilton Santos. Mais do que isso. O time voltou a mostrar que está em evolução, com variações táticas e organização, que facilitam o aparecimento dos destaques individuais.
Como o jogo se desenvolveu, o trio ofensivo foi quem mais apareceu e decidiu. Arrascaeta, o melhor em campo, deu assistência e fez gol de fora da área. Gabigol e Pedro se procuraram mais e ambos marcaram.
O Flamengo fez valer sua superioridade técnica e passou a maior parte do tempo no campo do Botafogo. A produção ofensiva pode ser vista em números - 19 finalizações, contra oito do rival - e no mapa de calor rubro-negro.
Paulo Sousa bateu novamente na tecla de que é preciso o time melhorar o percentual de aproveitamento das grandes chances que cria.
- Pecamos ainda muito pela eficácia. Teremos jogos que o número de oportunidades será menor que hoje e essa eficácia fará diferença - alertou o treinador.
Time alterna estratégias
Com Paulo Sousa, o Flamengo já se mostrou mais objetivo e com passes verticais na tentativa de construção das jogadas, algo que ficou muito claro na Supercopa. Contra o Botafogo, o time alternou.
Como o adversário esperou mais pelos contra-ataques, a equipe rubro-negra optou bem mais pela saída de bola com troca de passes (450 no total - 92,2% de acerto-, contra 253 - 87,3% de acerto - na partida contra o Galo). O segundo gol, marcado por Gabigol, foi em um rápido contra-ataque. O terceiro, de Arrascaeta, foi o melhor exemplo de construção com paciência.
Durante 1 minuto e 47 segundos, os comandados de Paulo Sousa trocaram 25 passes até a bola chegar ao uruguaio, que limpou, chutou e acertou o cantinho de Gatito para coroar a boa atuação.
Lázaro aproveita a chance mais uma vez
Lázaro merece um capítulo à parte. Ele foi escalado pela terceira fez por Paulo Sousa na ala-esquerda, e novamente teve uma participação de destaque. Usou o fôlego dos seus 19 anos para contribuir na recomposição defensiva e na construção de jogadas no ataque, com destaque para a assistência dada a Gabigol no segundo do Flamengo.
A joia da base, que até então era criticado pela pouca intensidade e não havia encontrado uma posição para tentar lutar por mais minutos no time, parece ter se achado.
Comentários do Facebook -