A Fifa voltou a incluir em seu orçamento o Mundial de Clubes no formato atual, com sete participantes. O torneio reaparece no documento de 2023 depois de ter desaparecido no de 2022, o que colocou em xeque a sequência da competição realizada ininterruptamente desde 2005.
Para 2023, a Fifa estima gastos de até US$ 20 milhões (R$ 100 milhões) com a organização do Mundial com sete concorrentes, o campeão de cada continente e um representante do país-sede — o valor está em documento aprovado nesta quinta-feira (24) pelo Conselho da entidade. Isso garante ao menos mais duas edições nesse modelo, as de 2022 e de 2023.
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Como o calendário em 2022 é apertado porque a Copa do Mundo do Qatar será no fim do ano, entre novembro e dezembro, data que em tempo normais (sem pandemia, por exemplo) o torneio de clubes é realizado, é provável que a edição de 2022, com o campeão da Libertadores-2022, seja realizada em fevereiro de 2023, como ocorreu com o Mundiais de 2020 e 2021, adiados para o início do ano seguinte por causa da covid-19. Já a edição 2023 poderia ser em dezembro do ano que vem, o que faria com que tivéssemos dois Mundiais em um mesmo ano.
Para 2024 a Fifa poderia tirar do papel o Super Mundial de Clubes, com 24 participantes, com até oito europeus e seis sul-americanos. A pandemia frustrou a direção da federação internacional ao impedir a realização do Mundial remodelado que ocorreria entre junho e julho de 2021, na China. Com torneios de seleções, como a Eurocopa e a Copa América, adiados de 2020 justamente para o meio do ano passado ficou inviável estrear o novo Mundial, que ocuparia no calendário o espaço da deficitária Copa das Confederações.
A realização deste Super Mundial quadrienal depende agora de como será feita a mudança no calendário do futebol masculino, a partir de 2025. Apesar da discordância de grupos de jogadores, clubes, ligas e confederações importantes como Europa e América do Sul, a Fifa não desistiu da ideia de que a Copa do Mundo de seleções se torne bienal, a cada dois anos, e não de quatro em quatro como atualmente.
Se essa ideia sair do papel, adeus Super Mundial, que não teria espaço no calendário — ele inclusive é ignorado no relatório feito pela Fifa sobre o assunto. Esse cenário faria com que o Mundial no formato atual, com sete concorrentes, fosse mais viável e pudesse ser mantido anualmente. Se a Copa a cada dois anos não vingar, aí o Super Mundial voltaria forte à pauta e poderia sim começar a ser realizado a partir de 2024 ou 2025.
A Fifa passou a organizar o Mundial de Clubes sem interrupção e no formato com sete concorrentes em 2005, no Japão. Em 2000, no Brasil, organizou seu primeiro campeonato de clubes com oito participantes, em parceria com a empresa de marketing esportivo ISL, mas a falência do patrocinador encerrou o formato, que teria sequência em 2001 na Espanha.
São Paulo, em 2005, Inter, em 2006, e Corinthians, em 2000 e 2012, foram os únicos não europeus a ganharem o Mundial organizado diretamente pela Fifa. Na edição de 2021, disputada em fevereiro de 2022 em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, o Palmeiras perdeu a final para o Chelsea por 2 a 1.
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