Gerson domina a bola em sua despedida pelo Flamengo
Imagem: Marcelo Cortes/Flamengo
Gerson está de volta ao Flamengo. Desta vez a negociação arrastada e difícil teve final feliz, ao contrário da empreitada para contratar Oscar no ano passado.
O meio-campista não queria sair do time de coração, foi para o Olympique de Marseille e rendeu enquanto trabalhou com Jorge Sampaoli, que pediu sua contratação. Com a saída do argentino e a chegada do croata Igor Tudor, diante da primeira dificuldade o brasileiro resolveu voltar para casa.
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Considerando que foi sua segunda passagem pelo Velho Continente, depois da tentativa na Roma, é possível dizer que Gerson falhou em sua aventura europeia. Mas se o plano dele nem era se provar entre os melhores do mundo, como julgar?
O Flamengo não tem nada com isso e consegue um reforço de peso para o elenco que já é o melhor do continente. Para o futebol jogado aqui, Gerson é acima da média e retorna mais versátil. Com Sampaoli jogou mais adiantado, perto da meta adversária. Participou de mais gols: 13 e mais sete assistências em 61 partidas. Atuou nas duas pontas e como meia central.
No time rubro-negro, quando foi necessário sair da função de "oito" teve mais dificuldades. Substituindo Everton Ribeiro como o "ponta articulador" pela direita em uma fase com Domènec Torrent, o desempenho caiu. Agora a resposta tende a ser melhor.
Melhor para Vitor Pereira, que terá fartura no meio-campo. Setor que explorou como treinador do Corinthians no confronto derradeiro pela final da Copa do Brasil, no Maracanã.
Dorival Júnior não contava com João Gomes, suspenso. Vidal entrou no sacrifício e aguentou pouco mais de 60 minutos, Thiago Maia sentiu o joelho e precisou sair. Erick Pulgar não estava inscrito no mata-mata nacional, Diego não era mais opção confiável para um jogo daquele tamanho e o Flamengo cedeu o empate, mas venceu nos pênaltis com David Luiz e Matheuzinho improvisados no setor.
O treinador português, agora do lado mais abastado, poderá escolher. Com todos disponíveis, Vidal deve se tornar o que era Diego: liderança no vestiário que joga eventualmente por estar em final de carreira. Ainda mais se o clube confirmar a contratação de Juanfer Quintero ao River Plate. Seria o meia criativo para as ausências de Arrascaeta.
Qualidade não vai faltar. Caberá ao novo técnico fazer as escolhas certas de acordo com as necessidades. Missão difícil, mas saborosa para quem tem conteúdo tático, como provou, mesmo sem vencer, nos duelos com o time que agora vai comandar.
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