Desde que foram divulgados os preços para o segundo jogo da final da Copa do Brasil entre Flamengo e Atlético-PR, os torcedores rubro-negros não falam em outro assunto. A insatisfação da torcida é grande e muitos pediam a redução dos valores apresentados pela diretoria. Para assistir ao jogo, o torcedor comum terá que desembolsar uma quantia entre R$ 250 e R$ 800, enquanto o sócio-torcedor consegue ingressos que variam de R$ 150 até R$ 480.

Durante entrevista coletiva na manhã desta terça, na sede do clube, na Gávea, o gerente de marketing, Fred Luz, deixou claro que o Flamengo não irá reduzir os preços para a partida decisiva. "Não trabalhamos com a possibilidade de reduzir os valores. Não sei nem se é possível, acho que não. O jogo vai lotar. A procura está enorme", declarou.

O gerente de marketing ainda projetou que a renda para o jogo pode chegar a R$ 9 milhões e disse que o clube carioca estuda a possibilidade de comercializar eventuais ingressos que não sejam comprados pela equipe visitante.

"A estimativa de renda é entre R$ 8 e 9 milhões. Vai depender muito de qual vai ser a solução para questão do setor visitante. Estamos tentando um caminho para que a torcida do Flamengo compre os ingressos não utilizados. Garantir segurança dessa forma é muito fácil. Perdemos dinheiro, e o custo disso é estratosférico", afirmou.

Capitão rubro-negro e referência na equipe carioca, Léo Moura disse que entende o lado do torcedor, mas acredita que o Maracanã estará lotado no próximo dia 27 e que o time precisa dar um retorno dentro de campo.

"O torcedor que for ao Maracanã vai ver um Flamengo com muita vontade de ser campeão. A gente sabe que vai lotar, não tenho dúvidas. O torcedor é fiel e vai nos apoiar. Temos de dar retorno para ele, para que no fim, com tudo dando certo, o Flamengo possa ser campeão. É mais do que merecido dar esse retorno para eles", concluiu.

Oposição promete ação na justiça

A oposição do Flamengo planeja entrar com ação criminal contra o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, e o vice de marketing, Luis Eduardo Baptista, em razão do aumento dos preços dos ingressos para a final da Copa do Brasil, contra o Atlético-PR, no Maracanã. Eles esperam que a denúncia feita ao Procon renda um parecer de que houve crime contra a economia popular.