O Flamengo ficou com o vice-campeonato da Supercopa do Brasil após derrota por 4 a 3 para o Palmeiras neste sábado, em Brasília. Vítor Pereira, em entrevista coletiva, afirmou que é preciso corrigir erros, mas lamentou o fato de o quarto gol palmeirense ter sido marcado de maneira irregular.



Segundo o comentarista Sálvio Spínola, da Central do Apito, Mayke, em posição de impedimento, atrapalhou Santos no segundo gol de Gabriel Menino.

- Começar com uma final com o resultado de 4 a 3, uma derrota, num jogo com muitos gols, muito corrido, não que tenha sido bem jogado, mas muito corrido de um lado e de outro. Muitos gols marcados e acredito eu, por todas as indicações que tenho, com um gol irregular que decidiu um jogo desse. O quarto gol deles foi irregular, segundo as informações que tenho.

Vítor elogiou o fato de o Flamengo não ter desistido de ir para cima do adversário até os minutos finais, porém reconheceu que é necessário fazer ajustes defensivos.

- Queria registrar a atitude dos jogadores, porque sempre quiseram virar o resultado. Estivemos atrás no placar duas vezes, e eles tentaram marcar. No segundo tempo, tivemos a oportunidade de fazer o 4 a 3 quando estava empatado. Mas depois acabamos sofrendo o gol. Tivemos erros defensivos e, de fato, temos que melhorar do ponto de vista defensivo, tem que ser mais consistente. Queria valorizar também a torcida, que esteve aqui e apoiaram do início ao fim.

O português aprofundou-se na questão tática ao dizer que é preciso "defender com a bola". Ou seja, manter a posse e evitar que os adversário agridam o Flamengo.

- Nós temos que defender com bola. Essa equipe tem muitos jogadores com propensão ofensiva, quer dizer que está sempre perto de fazer gol, e tem que se tornar mais forte e consistente defensivamente. Esse é o processo. Já falei disso em jogos anteriores, que tínhamos que melhorar o processo defensivo. Estamos no início do processo, começando o trabalho agora. Naturalmente a equipe tem que saber defender com bola e não aconteceu isso no primeiro tempo.

- No primeiro tempo entramos num jogo sempre acelerado, sem acalmar e ficar com a bola. Também ficamos sofrendo porque não tínhamos a bola. Isso, associado a alguns erros, que têm que ser registrados e corrigidos. Temos que assumir isso, analisar e corrigir. Com certeza seremos mais fortes tanto ofensiva quanto defensivamente.

Sobre o jogo, Vítor teve uma leitura de que o Palmeiras conseguiu encaixar melhor sua proposta. E, em sua opinião, o Flamengo pecou taticamente nos 45 minutos iniciais.

- Se olharmos para a nossa equipe, é um time que tem muitos jogadores técnicos. Não vejo um time muito forte fisicamente nas suas características. Os mais criativos, fisicamente, não são jogadores fortes. Temos muitas vezes a sensação que fisicamente não estivemos bem, mas eu sou da opinião de que não estivemos bem taticamente no primeiro tempo.

- Nosso jogo é ter paciência e quando recuperar a bola acelerar. O que aconteceu no primeiro tempo foi um jogo muito acelerado, quebrado e físico. O Palmeiras no que é característica deles, de esticar muito a bola, como não ficamos com a bola, entramos no jogo deles. E nesse jogo físico, são melhores que nós. Poderíamos ter chegado no 4 a 3.

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Preparação para o Mundial

- Nós temos construído aos pouquinhos. Se preparar para um jogo desses, contra o Palmeiras, jogando o Carioca, se aproveita muito pouco. Este jogo de hoje, foi um jogo importante para nós nos prepararmos para o Mundial. O nível competitivo foi muito mais alto. Vamos ter agora alguns dias, corrigir o que temos para corrigir e nos apresentarmos mais fortes.

Substituições

- As nossas substituições são sempre no sentido de perceber quem está com dificuldades físicas. O Gerson teve muito que fechar o lado esquerdo, correu muito e se desgastou muito. Defensivamente, se desgastou mais do que devia e não conseguiu ficar fresco para ajudar em termos ofensivos. Foi obrigado a fechar o corredor pelo lado esquerdo.

- O Arrascaeta também estava desgastado. Com o Palmeiras fechado lá atrás, achamos que precisávamos de jogadores mais frescos no um contra um, por isso a entrada do França e do Cebolinha. Achamos que o Vidal, com a experiência que tem, poderia acrescentar ao jogo. Não é fácil entrar no final do jogo com as coisas como estavam. Deram o seu melhor, tentaram, mas não conseguimos chegar ao gol.



Necessidade de acertos

- É muito melhor ganhar marcando gols e não sofrer do que marcar três gols e perder a final porque tomamos quatro gols. Isso, naturalmente, vai ser trabalhado, corrigido e analisado. É o que temos que fazer. O caminho é esse, analisar os erros e ir corrigindo até que o processo fique mais consistente.



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