Rodolfo Landim concede entrevista coletiva virtual para anunciar parceria do Flamengo com o banco BRB Imagem: Reprodução / Fla TV
O Flamengo e o BRB estão no mercado em busca de um sócio para comprar parte do Banco Nação, parceria entre os dois. Quem está responsável pela busca de uma empresa privada é o BTG. É provável que o modelo envolva a cessão majoritária do banco, com a agremiação rubro-negro a instituição bancária do DF mantendo participação minoritária. Mas isso não está definido, nem o valor da negociação.
Em 19 de janeiro deste ano, o BRB comunicou a autorização do Banco Central para participação societária no novo banco em associação com o Flamengo. Cada um tem 50% da instituição. Tratava de uma formalidade porque o banco já vinha funcionando e tem 3 milhões de contas.
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Era uma formalidade necessária para o processo de venda de uma fatia do banco. Desde o final do ano passado, o BTG já vem procurando um investidor privado para compra do banco.
No comunicado, o BRB informa sobre futuras parcerias. "O BRB informa ainda que desdobramentos futuros do processo competitivo, para a realização de parceria estratégica envolvendo a plataforma de negócios Nação BRB Fla, serão tempestivamente informados aos seus acionistas e ao mercado em geral".
Há um debate entre as diretorias de Flamengo e BRB sobre se essa venda será majoritária. No clube, há um entendimento de que, para a obtenção de um maior investimento, será necessário ceder o controle do banco, com a agremiação rubro-negra e o banco de Brasília ficando com fatias minoritárias. Mas não foi batido o martelo.
Mas é certo que as avaliações iniciais já contrariam a ideia de um ano atrás de que o banco poderia ser avaliado em R$ 1 bilhão. Os bancos digitais já sofreram uma redução de valor recente em relação à expectativa inicial. E há uma questão de inadimplência nas contas do Nação BRB. Por isso, houve até uma opção do banco por controlar o aumento da carteira de clientes, que está em 3 milhões. Mas o tamanho dessa carteira é o grande ativo do Nação BRB, pois bancos costumam comprar cadastro.
Apesar disso, é bem provável que a venda de uma fatia do banco, a se concretiza, represente um volume de dinheiro para o Flamengo. Esse montante, a princípio, seria usado em investimento. Uma das opções seria dinheiro para a concessão do Maracanã ou para estádio próprio.
Por enquanto, a ideia é vender para um sócio privado sem fazer um IPO, ou não seja, não abriria negociação de ações do banco. Nada é definitivo, no entanto, já que Flamengo e BRB continuam a debater o assunto.
Em paralelo, o Flamengo negocia com cautela o contrato de patrocínio com o BRB. O acordo rende R$ 40 milhões anuais para o espaço master e se encerra no meio do ano. Com a parceria do banco Nação BRB, o patrocínio dificilmente não será renovado, mas haverá discussão sobre os valores.
O Flamengo já foi sondado por outras empresas com propostas superiores. Mas não se engajou em conversas nesse sentido.
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