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Com o apoio de sua torcida no Maracanã, o Flamengo tenta, nesta terça-feira (às 21h30), reverter a derrota por 1 a 0 para o Independiente Del Valle em busca do título da Recopa Sul-Americana. Para tentar seu primeiro título na temporada, no entanto, o rubro-negro terá de ficar atento às armas da equipe equatoriana, que na primeira partida apostou numa proposta corajosa e insistiu em bolas aéreas e chutes de longe até chegar ao gol, já no segundo tempo.
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O Extra lista seis pontos do time de Martín Anselmi nos quais os comandados de Vítor Pereira devem ficar de olho:
1. Bolas áreas: A única arma com a qual conseguiu balançar as redes de Santos em Quito não deve ser menos utilizada no jogo da volta, principalmente com a vantagem no placar agregado. Dos três jogadores que formam a linha defensiva do Del Valle, só García Basso tem menos de 1,80m — tem 1,78m. Schunke tem 1,85m e Carabajal, autor do gol, 1,84m. No duelo de ida, os equatorianos souberam explorar bem esse aspecto: foram 14 duelos aéreos ganhos contra 6 do Flamengo.
2. Chutes de fora da área: O Del Valle chutou 15 vezes de fora da área no primeiro confronto contra o Fla, mais do que as 12 finalizações de dentro da área. Na maioria delas, faltou mira e força, mas o rubro-negro terá de evitar esse perigo constante se quiser ter controle do ritmo do jogo. Com o 1 a 0 na conta, a tendência é que os equatorianos chutem de longe ainda mais, evitando correr riscos com jogadas mais complexas.
3. Sornoza: Referência técnica do time, o camisa 10 e ex-jogador de Corinthians e Fluminense cobra todas as bolas paradas e é quem tem o melhor poder de finalização do time. Se a linhas defensiva e central do Flamengo abrirem espaço, o equatoriano de 29 anos pode levar muito perigo ao gol de Santos. No jogo de ida, também concentrou o último passe e os cruzamentos com bola rolando.
4. Amplitude: Uma das dificuldades do Flamengo em lidar com o Del Valle na ida envolveu a amplitude de campo na qual joga a equipe equatoriana. Com três zagueiros, o time de Ansaldi tem flexibilidade para que jogadores abram seu posicionamento e atuem rente às linhas laterais, levando grande perigo pelos lados. Um desafio e tanto em meio à implementação ainda em andamento de uma nova postura na fase defensiva do time carioca.
5. Proposta corajosa: No jogo de ida, o Del Valle encarou o Flamengo com certa coragem no aspecto tático da partida. Já no segundo tempo, marcava no campo do rubro-negro, tentava gerar superioridade numérica e quando tinha a bola, seus jogadores não hesitavam em partir para o enfrentamento contra os defensores do time carioca. Embora essa postura tenha criado perigo, também proporcionou as melhores chances do rubro-negro, que achou espaços no contra-ataque com a linha de defesa equatoriana muito adiantada. Com a vantagem no placar, a tendência é que a postura seja mais cautelosa no Maracanã.
6. Nervosismo x experiência: O time equatoriano já é experiente em finais. Foi duas vezes campeão da Sul-Americana nos últimos três anos e já enfrentou um Flamengo superior na edição de 2020 na Recopa, quando perdeu o título. Na busca pela taça inédita, a equipe sabe muito bem que poderá explorar o nervosismo de uma equipe que, embora tão experiente em decisões quanto eles, precisa da vitória.
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