No Flamengo desde 2017, Everton Ribeiro é o jogador mais antigo do atual elenco. O meia começou a sétima temporada como de costume: titular e capitão. Porém, em três meses de trabalho de Vítor Pereira, o cenário já mudou um pouco.



O camisa 7 acabou perdendo espaço de forma gradativa. Foi titular em sete dos 11 jogos que disputou, sendo que não inicia jogando há duas partidas. Das quatro oportunidades em que saiu do banco, três foram por escolha técnica de VP: Volta Redonda, Fluminense e Vasco.


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Depois do jogo com o Volta Redonda, Fabrício Bruno fez elogios à postura de Everton.

- Queria parabenizar a atitude do Everton, entendeu o processo, entrou e mudou o jogo, falei com ele no vestiário. Ele é merecedor de tudo que aconteceu hoje mesmo, muito profissional.

As decisões de Vítor, porém, não deixaram rusgas na relação. Ribeiro é um dos líderes do elenco, e a comissão técnica mantém o diálogo sempre aberto. VP reforça o discurso de uma escalação jogo a jogo e valoriza a disputa por posição.

A ausência entre os titulares faz o meia voltar a dividir a braçadeira de capitão. Desta vez, Gabigol é quem assume a posição na ausência de Ribeiro. A hierarquia se mantém e quando os dois estão em campo o camisa 10 devolve a faixa a Ribeiro.

Desde 2019
Há três temporadas o capitão não iniciava duas partidas seguidas na condição de reserva. A última vez foi em agosto de 2019, no primeiro mês de trabalho do então recém-chegado Jorge Jesus. Everton saiu do banco nas vitórias sobre Grêmio e Vasco, ambas pelo Brasileirão.

Situação rara!

Everton Ribeiro entra em campo começando o jogo do banco de reservas pela 2ª vez seguida.

Isso não acontecia desde 2019: o meia veio do banco contra Grêmio e Vasco, nas rodadas 14 e 15.

Desde então, foram 1304 dias até isso se repetir. Ou 215 jogos #trmaraca pic.twitter.com/F9A15Nb2OS

— Espião Estatístico (@EspiaoEstatist) March 14, 2023

A situação é exceção, tanto que não se repetiu nos 215 jogos seguintes do Flamengo nos últimos anos. O camisa 7 foi titular absoluto e se consolidou como ídolo do clube justamente naquele ano, ao ser um dos líderes das conquistas da Libertadores e do Brasileirão.

Briga no meio de campo
Depois dos fracassos nos primeiros títulos disputados na temporada, Vítor Pereira começou uma reformulação na equipe que mexeu com o quarteto ofensivo. Sobrou para o meia, preterido em comparação com Arrascaeta, Gabigol e Pedro, que formam o novo trio de ataque.



O capitão passou a disputar posição no meio de campo, onde Gerson, Vidal e Thiago Maia acirram a concorrência. Na frente, o treinador pede opções de velocidade e dá espaço a Everton Cebolinha e garotos como Matheus França e Matheus Gonçalves. Enquanto isso, a diretoria tenta atender ao pedido para reforçar a ponta direita.

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