Sérgio Coelho, presidente do Atlético-MG, clube que faz parte da Liga Forte Futebol, detonou a tal ‘cláusula de estabilidade’ emitida pela Libra em documento na última terça-feira (21).
Nas palavras do mandatário atleticano, a ação ‘não se justifica’, uma vez que ainda existe uma discrepância muito grande entre os que ganham mais e os que ganham menos. Com a ação da Libra, Flamengo e Corinthians seriam os maiores protegidos.
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“A título de exemplo: o Flamengo recebeu de Pay-per-view R$ 170 milhões. O Cuiabá, que foi o que menos ganhou, ganhou só R$ 146 mil. O Flamengo recebeu mil vezes mais. Com a lei do mandante, não justifica dar essa garantia”, contou o presidente em entrevista à Rádio Itatiaia.
“Um ponto que não concordamos, e é sensível, é que Flamengo e Corinthians querem uma garantia durante cinco anos de ganhar no mínimo o que eles ganham hoje”.
“E explico: no fim de 2024, acabam os contratos dos clubes da Série A com a TV. Quando foi feito o contrato no passado, ficou muito desigual”, finalizou.
Na explicação da Libra, a tal ‘cláusula de estabilidade’ trata-se de uma "transição do modelo atual para o futuro sem que qualquer clube tenha queda de receita em benefício dos demais".
E cita especificamente o objetivo de "resguardar os clubes que fazem a maior concessão na formação da Liga", no caso Flamengo e Corinthians.
Como isso funcionaria? A Libra explica da seguinte forma:
Caso a receita da Série A seja menor ou igual à temporada 2022, os dois clubes manterão o percentual de receitas auferido naquela temporada (em números absolutos, a receita de cada um pode ser inferior à temporada de 2022, sem transferir risco para qualquer outro clube).
Caso a receita da Série A supere a temporada de 2022, os dois clubes terão receita ao menos equivalente (em números absolutos) a auferida naquele ano.
Demais clubes capturam em maior proporção o crescimento inicial de receitas da Liga.
A comparação com 2022 para o período de transição de cinco anos da Libra serão sempre corrigidos pelo IPCA.
Na divisão elaborada pela Libra, os clubes receberão 45% do valor de maneira igualitária, 30% de acordo com sua performance na competição e 25% referente à audiência que cada clube tiver.
A simulação elaborada pela Libra partiu do ranking de audiência que cada clube teve em 2021. A mesma classificação foi aplicada para uma suposta tabela final do Brasileiro.
Um dos ‘cabeças’ da Ligas Forte Futebol, o Atlético-MG tem em mãos a proposta do Grupo Seringueti, responsável por uma proposta de 20% da LFF. O clube discutirá internamente e terá votação em seu conselho deliberativo no dia 3 de abril.
“Porque ter essa garantia se estamos em uma liga com participações iguais? Claro, iremos respeitar que os clubes que têm maior torcida, maior apelo, e performance melhor, ganharão realmente mais. O Flamengo vai ganhar mais. Mas é preciso encurtar essa distância”, finalizou.
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