Vitor Pereira - Flamengo x Fluminense — Foto: André Durão

Vítor Pereira surpreendeu na formação do Flamengo com Gabigol e Éverton Ribeiro entre os reservas contra o Fluminense, pelo primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, neste sábado. Apesar da vitória por 2 a 0, a ausência, sobretudo, do atacante foi tema da entrevista coletiva do técnico português ao fim da partida.



De acordo com o técnico, a escolha foi definida nos últimos treinamentos, por diversos fatores:


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- Primeiro dizer que é um jogador fundamental, importantíssimo, capitão. Conto com ele até pela qualidade que tem. Pelas características do adversário, precisávamos de verticalidade e progressão sem a bola. Ele também teve uns dias parado por conta da lesão. Durante 15 dias trabalhamos bem esse jogo. Cebolinha e Matheus França, para mim, iam ser importantes estrategicamente. Foi isso que entendi. A conversa com o Gabi foi tranquila, honesta e conto com ele pro próximo jogo - revelou.

O time não funcionou na primeira etapa, mas voltou melhor do intervalo e chegou ao 1 a 0. Na sequência, o técnico promoveu a entrada de Gabigol, Éverton Ribeiro, Vidal e Filipe Luís e, a partir daí, o Rubro-Negro assumiu o controle da partida.

O grande destaque da partida foi o lateral-esquerdo Ayrton Lucas, que marcou o primeiro gol e deu a assistência para Pedro fazer o dele. Pereira exaltou o desempenho do lateral, e enfatizou que sua equipe cumpriu o que foi proposto nos treinos.

- Posso destacar individualmente que o Ayrton fez um grande jogo. Equipe consistente. Soube o que tinha que fazer contra um adversário forte. Exploraram bem debilidades que eles têm. Nós também temos. Estamos no intervalo de uma final. Temos mais um jogo para jogar.

O jogo de volta acontece no próximo domingo, novamente no Maracanã. O Flamengo poderá perder por até um gol de diferença para ficar com o título.

Veja outras respostas:
Time jogar com a bola ou sem a bola

- O jogo com o Fluminense tem sempre este tipo de característica. Faz um jogo com muita bola. Não quer dizer que seja de progressão, muitas vezes é de toque para trás, para o lado. É o que eles acreditam. É claro que o que se pretende é que a equipe tenha mais bola. Não tem a ver com o sistema, mas com os jogadores. Alterando dois ou três, o time terá mais bola. Não tem a ver com o sistema, mas com os intérpretes que jogam o sistema. O que é importante é que a equipe soube defender pressionando alto e mais baixo. Era uma coisa que tínhamos que evoluir e concordo que precisamos ser mais dominantes.

Estrutura de time para os próximos jogos

Nossa preocupação nesse período que tivemos de treino, foi preparar todo o elenco para jogar qualquer tipo de jogo. Preparamos 23, 24 jogadores, para jogarmos com duas viagens longas, mudando sistemas. Para jogar com intensidade, pressionar alto, fazer um jogo com dinâmica, tem que ser assim. Não podemos jogar sempre com os mesmos.

Filipe Luís

- Ele nos dá tranquilidade com bola, experiência sem bola. É um lateral jogando naquela posição, o que eu gosto. Eu nunca disse que jogaremos sempre com três zagueiros. Vai depender de jogo para jogo, daquilo que nós precisamos. Ele e os que entraram, deram essa tranquilidade. Estrategicamente, pensamos em entrar mais incisivos, com mais velocidade, jogadores que aceleraram na transição, e depois jogadores com mais cadência. Ele foi um desses jogadores e ajudou muito.


Primeiro tempo e a importância do segundo gol

Eu considero que tivemos 20 minutos que nos faltou sairmos melhor com a bola. Permitimos que o adversário nos empurrase para trás. As jogadas finalizadas pelo Fluminense foram quase todas em impedimento. A linha se comportou muito bem, faltou maior tranquilidade e fluidez em termos de saída de bola. Quando apostamos em jogadores mais verticais, não tinhamos tantos jogadores por dentro. No segundo tempo, tivemos jogadores para trabalhar a bola por dentro. O segundo gol é o que trabalhamos nesses 15 dias, trabalhando a bola, enxergando os espaços. Foi um gol bonito.

Frio na barriga por se aproximar de um título

- Frio na barriga é fome ou problema no intestino. Estamos mais preparados, naturalmente temos que evoluir. Os jogadores estaõ alinhados, não só os 11 que iniciaram hoje, mas toda a gente está alinhada. Passado esse período de entedimento do que o treinador quer e o que os jogadores podem dar, vamos continuar a evoluir. Estou satisfeito, não só com os 11, mas com todo o elenco, porque eles tem trabalhado muito e focados.

Saber sofrer



- Para mim não é sofrimento, é gestão. Saber gerir os momentos do jogo. Jogar com bola e sem bola. Sabemos que o Fluminense tem essa tendência de ficar sem bola. Sabíamos que teria momento que precisaríamos gerir, ficar sem bola e saber o momento de acelerar. No primeiro tempo, falhamos por decisões tomadas, o que faz parte. Na segunda parte, já foi gerida de outra forma. Não tem a ver com o sistema, mas com os jogadores que interpretam. Característica dos jogadores que estão em campo.