A derrota por 2 a 0 para o Maringá traz um alerta máximo para o Flamengo. Não só pelo resultado, que complicou a situação do time na Copa do Brasil, mas pela péssima atuação. A performance rubro-negra mostrou que a saída de Vítor Pereira não resolve os problemas até aqui. Mais ainda: que esperar muito tempo para um substituto pode comprometer toda a temporada.
As movimentações mais recentes indicam que a diretoria aposta na solução Jorge Jesus. Mas o time, que levou até “olé” no interior paranaense, não parece aguentar até o fim de maio, quando o contrato do técnico com o Fenerbahçe termina. São mais 12 jogos até lá, sendo oito pelo Brasileiro (a começar pelo Coritiba, domingo), três pela Libertadores e o duelo de volta contra o Maringá, dia 26, quando precisará vencer por dois gols para levar a disputa aos pênaltis. Ou seja: a briga por estes três títulos pode ficar totalmente comprometida se o time passar este tempo todo em modo de espera.
Os primeiros 15 minutos foram dramáticos para o torcedor rubro-negro. Com uma marcação muito bem encaixada, o Maringá anulou a saída de bola do Flamengo e dominou o jogo, levando perigo para o goleiro Santos. Passado este momento inicial, a equipe paranaense diminuiu o ritmo, e o time treinado por Mário Jorge equilibrou as ações. Mas os problemas ainda estavam lá.
Foi um primeiro tempo de um Flamengo muito pobre na criação. Gerson e Thiago Maia não conseguiram escapar da marcação e fazer a saída. Pelos lados, Varela e Ayrton Lucas avançaram muito pouco. Com isso, a solução encontrada foi a bola esticada pelos zagueiros.
Quando a bola chegou até o ataque, o Flamengo até conseguiu ameaçar um pouco. Principalmente com Everton Ribeiro e Gabigol. Já Pedro incomodou pouco a zaga paranaense e Cebolinha errou demais.
Defensivamente, as bolas aéreas fora um problema. Aos 36, Vilar cabeceou com força e deu um susto. Santos estava atento. Só que o goleiro nada pôde fazer um minuto depois num lance que expôs a desorganização defensiva rubro-negra.
Com o time todo concentrado no lado esquerdo do campo, Raphinha avançou livre pela direita e recebeu bola virada por Luiz Thiago. O lateral levantou na medida para Matheus Bianchi, que subiu sozinho pelas costas de David Luiz para concluir. A bola não iria para o gol, mas desviou na perna do zagueiro e entrou. Um castigo merecido.
Na etapa final, nenhuma mudança significativa. Os passes errados, a pobreza na criação e os buracos na marcação permaneceram. Melhor para o Maringá, que não perdoou.
Aos 12, de novo o time inteiro se espremeu por um lado e não viu o adversário avançar por outro. E, mais uma vez, com David Luiz como personagem central da falha. Pelas costas do zagueiro, Bianchi recebeu pela esquerda e tocou para Serginho concluir sem chance para Santos. Gol que fez os rubro-negros desanimarem de vez. O problema é que a temporada se encontra num momento crucial demais para esmorecer.
3196 visitas - Fonte: O Globo
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