De forma objetiva e sem muito alarde, o Flamengo anunciou na noite desta sexta-feira a contratação do técnico argentino Jorge Sampaoli. De certa forma, o anúncio pode ser considerado uma reviravolta nas buscas por um treinador, já que a diretoria tinha a volta do português Jorge Jesus como prioridade. Entenda, abaixo, o que levou o clube a mudar os planos.
A saída do português, em 2020, deixou uma ferida aberta na direção do Flamengo. Mas os dirigentes dizem ter aprendido a lição e voltaram à mesa de negociação com ele. Para a mágoa ser superada, pesou acima de tudo a convicção da diretoria de que não há nenhum técnico no mundo que dê ao Flamengo o mínimo de estabilidade como Jesus. Os rubro-negros já haviam admitido pagar ao treinador o mesmo valor que recebia o compatriota Vítor Pereira: 4,5 milhões de euros anuais livres de impostos, o que equivale a cerca de R$ 25 milhões líquidos por temporada na atual cotação da moeda estrangeira.
O problema é que Jorge Jesus não estava livre. Seu contrato com o Fenerbahce, da Turquia, vai até o fim de maio. Para contar com ele, o Flamengo teria que esperar até lá. E qual o problema disso? A questão é que o time teria ainda mais 12 jogos neste período (oito pelo Brasileiro, três pela Libertadores e um pela Copa do Brasil). A atuação na derrota por 2 a 0 para o Maringá, na última quinta, pelo torneio de mata-mata nacional, mostrou que a equipe precisa de um comando urgentemente, sob o risco de todas as ambições na temporada ficarem comprometidas. Diante deste cenário, aguardar pelo português tornou-se inviável.
O compasso de espera não incomodava o técnico argentino, que estava livre no mercado. Ele vivia na Espanha, onde tem residência e trabalhou no Sevilla até o último dia 21 de março. Ele, inclusive, já havia dado uma sinalização positiva para o clube carioca: a recusa de uma oferta do Nottingham Forest, que luta contra o rebaixamento na Premier League. Uma recusa que valeu a pena. Sampaoli também tem residência no Rio e sonhava em dirigir o Flamengo há alguns anos.
Embora, houvesse uma troca de informações de maneira extraoficial, nenhuma negociação havia sido iniciada. Sampaoli aguardava uma chamada formal dos dirigentes rubro-negros, o que só ocorreu nesta sexta. O vice de futebol Marcos Braz, o diretor Bruno Spindel e Diogo Lemos, membro do Conselho do Futebol, se reuniram com um representante do treinador para firmar o acordo.
O treinador é aguardado no Rio ainda neste fim de semana. Se nada ele não estará no comando na partida contra o Coritiba, domingo, no Maracanã, pela estreia do Flamengo no Brasileiro. Seu primeiro jogo será na quarta, diante do Ñublense, pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores. O duelo marcará também seu primeiro contato com a torcida rubro-negra no Maracanã.
3763 visitas - Fonte: Extra globo
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