A chamada geração 2019 do Flamengo tem ficado marcada muito mais por conquistas de mata-mata do que de pontos corridos. A estreia no Brasileiro hoje, contra o Coritiba, às 16h, no Maracanã, acontece em meio a mais uma troca de treinadores — Sampaoli será o nono da gestão do presidente Rodolfo Landim, mas só ficará no banco no meio de semana pela Libertadores — e ajuda a explicar o porquê de o clube não conseguir manter o desempenho em competições que exigem regularidade. De 2019 para cá, a participação passou da busca por títulos para um papel mais coadjuvante, que ligou o alerta com a quinta colocação em 2022.
Do total de taças empilhadas no período, o Flamengo levantou dois Brasileiros, em 2019 e 2020, ficou em segundo lugar em 2021, enquanto conquistou três Libertadores, uma Copa do Brasil, duas Supercopas, uma Recopa e três Cariocas, perdendo os dois últimos torneios estaduais para o Fluminense. O viés de queda em começo de temporada foi compensado no ano passado com duas conquistas relevantes de tiro mais curto, com parte da base campeã que foi forjada a partir de 2019. Em campo hoje na estreia do Brasileiro o Flamengo ainda tem diversos nomes que participaram do elenco desde então, com alto protagonismo, mas agora muitos estão em baixa.
Gabigol, artilheiro do Brasileiro de 2019 com 25 gols, tem 43% de seus tentos no torneio por pontos corridos. São 142 com a camisa do Flamengo. O 10, entretanto, vive péssima fase, com jejum de dez jogos sem marcar, e foi alvo de cobrança de torcedores no desembarque da equipe após a derrota para o Maringá, na Copa do Brasil, e ontem com faixas no CT Ninho do Urubu que o chamavam de “Gabigordo”. Mesmo assim, volta hoje ao time titular e ainda barra Pedro.
Gerson, cérebro da equipe há quatro anos, também foi chamado de “marrento”. Nem a dupla, nem Éverton Ribeiro, hoje claramente reserva, vivem momentos de protagonismo e destaque. Bruno Henrique, que volta de lesão, e Arrascaeta, ainda em recuperação, completam um quinteto que já foi chamado de mágico no futebol brasileiro e sul-americano.
Torneio tem sido abandonado em reta final
Com a dinâmica de arrancadas no segundo semestre e foco nos torneios de mata-mata, o Flamengo passou a deixar o Brasileiro de lado. Foi assim com Dorival Jr, após começo terrível sob o comando de Paulo Sousa. O mesmo aconteceu com Renato Gaúcho, em 2021, tentando manter o clube em três frentes, após a saída de Rogério Ceni. Ceni substituiu Doménec Torrent no certame nacional no ano anterior, que teve o catalão como aposta depois do adeus de Jorge Jesus para o Benfica. Jesus, que aliás, foi a primeira opção antes de o Flamengo acertar com Jorge Sampaoli nos últimos dias.
O técnico argentino deve chegar hoje ao Rio a tempo de ir ao Maracanã ver o jogo contra o Coritiba. A diretoria desistiu ontem de Jorge Jesus, mas já negociava com Sampaoli desde terça-feira, quando anunciou a saída de Vítor Pereira. O time será comandado ainda pelo interino Mário Jorge, do sub-20, com a necessidade de dar uma resposta à atuação muito abaixo no meio de semana. Sampaoli inicia os treinos amanhã e estará a cargo do jogo contra o Ñublenses, pela Libertadores. Com ele, virão seis auxiliares para a comissão técnica.
2019 - 90 pontos (1º)
2020 - 71 pontos (1º)
2021 - 71 pontos (2º)
2022 - 62 pontos (5º)
2390 visitas - Fonte: O Globo
VEJA TAMBÉM
- UM DOS MAIORES! Gabigol pode receber mais de 2 milhões em possível renovação; Veja
- NOVO DIDA?! Goleiro Ex-Flamengo brilha e vira destaque na Europa
- HERANÇA! Filipe Luís adota mantra de Jorge Jesus antes de vitória do Flamengo
Comentários do Facebook -