A Operação Penalidade Máxima II caiu como uma bomba no futebol brasileiro após 16 envolvidos, entre eles sete jogadores, se tornarem réus após a divulgação de casos com apostas esportivas e manipulação de jogos no futebol brasileiro. Caso sejam condenados, qual seria a pena para as pessoas que participaram do esquema?
De acordo com o estatuto do torcedor, jogadores podem ser presos de 2 a 6 anos se forem condenados por manipulação do resultado esportivo mediante uma vantagem patrimonial. No entanto, eles podem permanecer em cárcere por mais tempo, chegando até 12 anos. Quem confirmou foi o Ministro da Justiça, Flavio Dino, em entrevista exclusiva à ESPN.
A explicação é simples: os 16 envolvidos podem ser condenados em mais de um crime, como associação criminosa (3 a 8 anos) e lavagem de dinheiro (3 a 10 anos), o que, na visão de Dino, praticamente dobraria o tempo de reclusão somando todas as punições destinadas aos envolvidos.
"Haverá entrega de pessoas à Justiça em razão de vários crimes, alguns parecem ter pena baixa, a manipulação em si do resultado esportivo mediante uma vantagem patrimonial, segundo o estatuto do torcedor, tem uma pena de 2 a 6 anos. É importante lembrar que tem outros crimes. Lavagem de dinheiro com pena maior, associação criminosa, quando somar tudo, haverá com certeza pessoas aos fim dos processos que poderão ser condenadas a 10, 12 anos de prisão", explicou Flávio Dino.
Com a entrada da Polícia Federal para a instauração do inquérito para combater a organização criminosa das apostas em jogos do futebol brasileiro, Dino crê em punições severas para afastar de vez a sensação de impunidade e também provocar uma reflexão na sociedade para evitar que mais pessoas caiam no que chamou de "tentação satânica pelo dinheiro".
"(O escândalo) Ameaça empregos, famílias, rendas. Desde o vendedor ambulante a todas as pessoas. Não é piada, não é anedótico, não é menor, banal. Estamos falando de uma rede econômica muito expressiva, de um patrimônio cultural. O fim da impunidade ajudará na reflexão e na prevenção", afirmou, para completar.
"É uma tentação satânica pelo dinheiro. (Que essas pesoas) sejam adequadamente afastadas disso mediante a lembrança que (apostas com manipulações) são crimes. A pessoa pode acabar com a sua carreira esportiva e prejudicar a sua família", finalizou.
Juventude x Fortaleza
Goiás x Juventude
Ceará x Cuiabá
Red Bull Bragantino x América-MG
Botafogo x Santos
Palmeiras x Cuiabá
Eduardo Bauermann (Santos)
Gabriel Tota (Ypiranga-RS)
Victor Ramos (Chapecoense)
Igor Cariús (Sport)
Paulo Miranda (Náutico)
Fernando Neto (São Bernardo)
Matheus Gomes (Sem clube)
Vitor Mendes (Fluminense)
RiCruzeiro)
Nino Paraíba (América-MG)
Dadá Belmonte (América-MG)
Kevin Lomonaco (Red Bull Bragantino)
Moraes Jr. (Juventude)
Nikolas Farias (Novo Hamburgo)
Jarro Pedroso (Inter de Santa Maria)
Nathan (Grêmio)
Pedrinho (Athletico-PR)
Bryan García (Athletico-PR)
Bruno Lopez de Moura
Ícaro Fernando Calixto dos Santos
Luís Felipe Rodrigues de Castro
Victor Yamasaki Fernandes
Zildo Peixoto Neto
Thiago Chambó Andrade
Romário Hugo dos Santos
William de Oliveira Souza
Pedro Gama dos Santos Júnior
A investigação da "Operação Penalidade Máxima" aponta que grupos criminosos convenciam jogadores, com propostas que iam até R$ 100 mil, a cometerem lances específicos em partidas e causassem o lucro de apostadores em sites do ramo.
Um jogador cooptado, por exemplo, teria a "função" de cometer um pênalti, receber um cartão ou até mesmo colaborar para a construção do resultado da partida - normalmente uma derrota de sua equipe.
As primeiras denúncias ouvidas pela operação surgiram no fim de 2022, quando o volante Romário, então jogador do Vila Nova (GO), aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti contra o Sport, em partida válida pela Série B do Brasileiro.
Na ocasião, o atleta embolsou R$ 10 mil imediatamente e só ganharia o restante caso o plano funcionasse. Romário, porém, sequer foi relacionado para a partida, o que estragou a ideia.
A história chegou até Hugo Jorge Bravo, presidente do time goiano e também policial militar, que buscou provas e as entregou ao Ministério Público do estado. A partir daí, criou-se a operação "Penalidade Máxima" para investigar provas e suspeitas sobre o assunto.
Na primeira denúncia, havia a suspeita de manipulação em três jogos da Série B, mas os últimos acontecimentos levaram os investigadores a crer que o problema era de âmbito nacional e havia acontecido em campeonatos estaduais e também na primeira divisão do Brasileiro.
Além de Romário, outros sete jogadores foram denunciados pelo Ministério Público por participarem do esquema de fabricação de resultados: Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).
Nenhum jogador preso, só pessoas envolvidas nos pedidos de manipulação. Foram três mandados de prisão em São Paulo, mas só para não atletas.
Foram apreendidas granadas de efeito moral em um mandado de prisão em São Paulo a armas de fogo em outro endereço, também em terras paulistas. Nesse local, houve também um flagrante de armas de fogo sem o devido registro.
Os atletas ou aliciadores podem ser indiciados via Estatuto do Torcedor e também podem responder por crime por lavagem de dinheiro, se for o caso. Segundo o Estatuto do Torcedor, a pena varia de 2 a 6 anos de prisão.
Os atletas e envolvidos suspeitos estão sendo investigados por manipulação da seguinte forma: receber cartões amarelo ou vermelho, cometer um pênalti, garantir uma derrota parcial no 1º tempo, número de escanteios, etc.
1201 visitas - Fonte: ESPN
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