Na primeira perna das oitavas-de-final, Jorge Sampaoli armou um Flamengo para sufocar o Fluminense de Fernando Diniz. Foi superior e não venceu. Pois o time rubro-negro voltou a superar o rival, desta vez, com um jogo defensivo e de transpiração.
Obviamente, nem tudo em um jogo de futebol é um plano que sai à perfeição. Há um confronto de ideais, dos técnicos, do desempenho técnico dos atletas, do fôlego, da vontade. Somados todos esses fatores, o Flamengo bateu com justiça o Fluminense.
De início, era um Fla-Flu bem mais cauteloso do que suas edições recentes. O Fluminense tinha o maior domínio da bola, chegando a uma média de 70%. É a característica dos times de Diniz.
Só que enfrentou um bloqueio bem feito pelo meio de Pulgar, Thiago Maia e Gerson, além de uma marcação pressão para tentar atrapalhar a saída de bola. Ressalte-se que, juntamente com os zagueiros, executaram um jogo de transpiração, como pedia a torcida.
Ao mesmo tempo, o Flamengo fazia uma partida ruim tecnicamente na troca de passes. Por isso, permitia o domínio absoluto de bola tricolor. Isso não estava no plano, foi imposto pelo Flu.
A questão é que essa posse - celebrada por Fernando Diniz na entrevista como sinal de bom jogo - eram bem improdutiva. Faltava o dinamismo tricolor nas trocas de bola no campo ofensivo para superar o bem-feito bloqueio rubro-negro.
Ao final, apenas quatro conclusões para cada lado, o Flamengo fez o gol com Arrascaeta em bola alta, o Flu perdeu o seu com Cano.
Na volta para o intervalo, o panorama mudou levemente com o Flamengo um pouco mais incisivo na marcação pressão, o que dificultava ainda mais o jogo de toques. Pulgar e Gerson, diga-se, fizeram partidas gigantescas, atuando de uma área à outra. O chileno foi o dono do ritmo da partida por sua ocupação de espaços.
Diniz foi tentando modificações para achar os espaços. Pirani na lateral-esquerda, depois a saída de Lima por Kennedy e, enfim, trocou o zagueiro Manoel pelo volante Arthur. Tem sido uma tônica a falta de gols tricolores nos últimos jogos.
A partir daí, os espaços de contra-ataque se abriram para o Flamengo, especialmente com a troa de Arrascaeta por Cebolinha (ainda que ele tenha errado decisões). O time chegou a perder dois gols feitos com Gerson e Gabigol, após o meio-campista roubar uma bola.
Nem os vários escanteios para o Fluminense constituíram ameaça.
O gol rubro-negro só saiu no final em mais um contra-ataque, aproveitado por Gabigol. Selou uma classificação em que Sampaoli aprendeu duas formas de anular o futebol clássico de toques de Diniz.
427 visitas - Fonte: UOL
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