Arrascaeta e Bruno Henrique fazem parte da Geração de 2019 do Flamengo, que levou o clube ao bicampeonato da Libertadores naquele ano, abrindo uma série de conquistas na Gávea. É um grupo que, como eles mesmo falaram nessa entrevista ao ge, ainda possui "o livro aberto com novas páginas a serem escritas".

A dupla está em sua quinta temporada no Flamengo. Nesta quinta-feira, começam a dar novo passo rumo ao tetra da Libertadores, enfrentando o Olimpia às 21h, no Maracanã, pela ida das oitavas de final. Enquanto não entram em campo, foram conhecer o Museu do Flamengo, que será inaugurado ao público no sábado. Nomes como Everton Ribeiro, Gabigol, Filipe Luís e Jorge Jesus também são homenageados no local.

- Saber que o livro não está fechado e que ainda temos muitas coisas para poder disputar e ganhar. Eu e Arrasca homenageados no Museu, com as nossas marcas aqui é muito gratificante. Feliz em poder estar representando a camiseta do Flamengo - disse Bruno Henrique.

Bruno Henrique Gremio x Flamengo — Foto: Reprodução

São 11 títulos conquistados desde o momento em que os dois passaram a vestir a camisa rubro-negra. O mais emblemático talvez seja o da Libertadores de 2019, que coincidiu com a comemoração do título brasileiro. Milhões de torcedores foram para as ruas atrás do trio elétrico no Centro da cidade. A imagem, que faz parte de um dos filmes exibidos pelo Museu, chamou atenção e emocionou a dupla.

- Fica mais do que claro que o Flamengo é o time do povo. Não importa a classe social. Você na hora das comemorações do gol, todo mundo junto, se abraçando. É torcer pela mesma causa. Isso é algo que para nós é de dar orgulho. Tomara que a gente possa viver essas emoções que a gente está vivendo aqui dentro. É um sentimento muito forte - disse Arrascaeta.

Bruno Henrique em Grêmio x Flamengo — Foto: Pedro H. Tesch/AGIF

No "Hall do Manto", a Nação participou da votação e elegeu 12 nomes para serem homenageados. Bruno Henrique e Arrascaeta estão entre eles. O uruguaio com a tão emblemática camisa 14, escolhida por acaso em 2019.

- Eu cheguei em um grande clube, com uma grande torcida e com certeza achei que seria difícil. Mas o grupo, os companheiros me ajudaram e me fortaleceram a medida que o tempo foi passando. Eu me senti muito a vontade. Criamos um grupo fenomenal tanto dentro quanto fora de campo. Isso foi fácil para todo mundo que chegou de fora. Sou muito grato e feliz por tudo o que tenho conquistado. Acho que encontrei o meu lugar. Uma equipe no mundo que me identifico muito.

Arrascaeta em Athletico x Flamengo — Foto: Gilvan de Souza/CRF

A continuação da história não é só escrita na Libertadores. O Flamengo está a um passo da final da Copa do Brasil.

- A gente criou uma identidade muito grande de lutar por títulos. A gente vem mostrando a cada ano que passa. A gente chega em finais, algumas nós não conseguimos, mas outras a gente conseguiu com muita determinação. O grupo está sempre unido. E estamos novamente perto de novas conquistas. Chegando em retas finais de campeonatos. A gente não quer parar por aqui. A gente no final do ano vai comemorar mais título e assim sucessivamente. A gente sempre almeja o que importa no futebol que é o título. É isso que fica marcado na história do clube.

É um espaço de cerca de 1.200 m² na Gávea, sede do clube, feito para reverenciar os grandes ídolos da história do Flamengo. O novo Museu Flamengo será reinaugurado ao público no sábado, dia 05 de agosto. A promessa é arrebatar os corações dos torcedores rubro-negros. O local funcionará diariamente das 10h às 18h (de Brasília) e é preciso a compra de ingresso para desfrutar a experiência.

São 14 áreas temáticas que contam a história do Flamengo, apresentando as conquistas mais antigas e as mais recentes do clube. Protagonistas serão lembrados, assim como os ídolos dos principais esportes que são praticados com a camisa rubro-negra.

Arrascaeta: Eu acho que em 2019 ficou bem perto. A gente tinha total certeza que poderíamos conquistar, mas não deu. É assim o futebol. A gente tem que acreditar porque a gente tem potencial de chegar lá. A gente sabe que vai enfrentar o melhor time da Eruopa, os melhores jogadores do mundo, então, com certeza não seria fácil. Mas um jogo é só 90 minutos e tudo pode acontecer.

Bruno Henrique: Ficou "outro patamar". Tenho certeza que vai ficar mais ainda. Grandes conquistas, não só o futebol que traz essas conquistas, mas outras modalidades também. A gente vê aí grandes pessoas que trabalham para fazer o Flamengo grande, de outro patamar. Então, eu tenho certeza que esse museu será só o começo e que vai ter que expandir para outros lugares porque será muito grande.

Hoje, eu e Arrasca estamos aqui. Amanhã tem outros jogadores já nomeados para estar nesse museu. Eu acho que todo mundo se sente importante e quer estar na história do clube. Tenho certeza que jogadores que estão hoje, e os que vão chegar também, vão querer estar no Museu. O que vai fazer eles chegarem aqui é trabalho e humildade e o mais importante: conquistar títulos.

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