A história rubro-negra está eternizada no novo Museu Flamengo inaugurado nesta sexta-feira, na Gávea, para reverenciar os grandes ídolos do clube e suas conquistas.

Maior ídolo do clube, Zico discursou na cerimônia de inauguração e ressaltou a importância do espaço para a manutenção da história rubro-negra.

- Imenso orgulho. Isso foi gerado por todos os atletas envergaram o manto sagrado. E falo por todos os atletas que passaram e não estão aqui. Visitei alguns museus e não entendia por que o Flamengo não tinha o seu. Parabéns ao patrimônio e todos aqueles que passaram e tentaram fazer o melhor (ao clube). Tive a felicidade de passar e dar grandes conquistas para o clube de uma geração que jamais deve ser esquecida - afirmou o Galinho.

- Tenho certeza que o torcedor rubro-negro vai ser orgulhar e se emocionar toda vez que passar por aqui.

Também estiveram no evento o presidente Rodolfo Landim, o vice-presidente Rodrigo Dunshee de Abrantes, vice-presidente de Patrimônio Histórico Luís Fernando Fadigas, além do deputado federal Pedro Paulo, a Secretária de Cultura Daniela Barros, e o presidente da FERJ Rubens Lopes.

Zico e dirigentes do Flamengo em inauguração do museu do clube — Foto: Letícia Marques/ge

Somente no sábado o local será aberto ao público geral. o Flamengo projeta cerca de 400 mil visitantes por ano. Ou seja, com pouco mais de mil pessoas diariamente no local.

Ao todo, 14 áreas temáticas feitas para contar a história do Flamengo, relembrando as grandes conquistas, os protagonistas e os maiores ídolos. O museu vai muito além do futebol e traz personagens de outras modalidades que fizeram história no clube. Pela natação, Patrícia Amorim, ex-presidente do clube, aparece nas homenagens. As ginastas Luísa Parente, Jade Barbosa e Rebeca Andrade são lembradas.

Há uma área destinada ao basquete rubro-negro. O Orgulho da Nação é lembrado com as principais conquistas da modalidade, principalmente o bicampeonato mundial. Marquinhos, Olivinha e Marcelinho ganham destaque.

Museu do Flamengo — Foto: Letícia Marques/ge

O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, relembrou na cerimônia que a criação do museu foi uma promessa de campanha da eleição de 2018.

- Em primeiro lugar, isso é um coroamento de um sonho que vemos tendo ha muitos anos no Flamengo. Era um projeto de campanha. Trabalho muito árduo. Agradecer aos atletas que passaram pelo clube, diversos tipos de esportes ao longo dos anos - afirmou.

Landim e Zico em cerimônia de inauguração do museu do Flamengo — Foto: Letícia Marques/ge

Hall do Manto

Essa é a atração especial do Museu. Em parceria com a Rede Globo, o Flamengo promoveu uma eleição para definir os 12 maiores jogadores da história do clube. Os escolhidos foram: Zico, Junior, Leandro, Andrade, Adílio, Julio Cesar, Dida, Pet, Adriano, Bruno Henrique, Arrascaeta e Gabigol.

Estes são os primeiros homenageados em uma sala que já tem projeção de ter outros craques no local, principalmente a partir da expansão do Museu que está prevista para 2025.

Em dezembro de 81 - Hall do Mundial

A sala remete ao título mundial do clube, em Tóquio. Estão expostos a camisa de Nunes, autor de dois gols na vitória por 3 a 0 sobre o Liverpool, da Inglaterra, o troféu e selos dos 11 jogadores titulares do Flamengo, em formato de escalação. Há também uma tela com a reprodução de um desenho animado japonês retratando a final, com o estilo oriental.

Projeto do Museu

O investimento total para a reforma do Museu Flamengo foi de 23 milhões de reais. Metade do valor foi aportado pela MUDE, empresa que há mais de 20 anos administra os principais museus ao redor do mundo, entre eles Juventus, Benfica, River Plate e Wembley Stadium. A outra parte do valor foi concebida a partir de patrocinadores,que utilizam recursos das Lei Municipal de Incentivo à Cultura, Lei Estadual de Incentivo à Cultura e Esporte e da Lei Rouanet.

- Este é nosso primeiro empreendimento no Brasil e estamos muito felizes com a experiência que iremos entregar aos visitantes. O Museu Flamengo será um santuário contemporâneo para as glórias e os ídolos do clube mais querido do Brasil. Uma reverência à história do Flamengo e uma inspiração para o futuro -, afirma Marcelo Fernandes, CEO da MUDE Brasil.

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