Após a eliminação do Flamengo diante do Olímpia na Libertadores, o Rubro-Negro chegou no Rio de Janeiro debaixo de protestos dos torcedores no aeroporto. O empate contra o São Paulo pelo Brasileirão também não agradou os presentes no Maracanã, que protestaram nas arquibancadas.

Tudo indicava para um ambiente e um clima de tensão antes de um jogo decisivo pela semifinal da Copa do Brasil. Apesar de um leve descontentamento dos torcedores na chegada do ônibus da equipe dirigida por Jorge Sampaoli, a chegada dos presentes aconteceu de forma muito tranquila.

Ao contrário de episódios anteriores, onde já se viveu um clima de guerra nos arredores do Maracanã, a Polícia Militar não teve nenhum problema com os mais de 60 mil presentes no estádio, na noite desta quarta-feira (16).

Nas arquibancadas, houve um mix de sentimentos antes da bola rolar no gramado. No momento da escalação no telão, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol foram exaltados, enquanto Jorge Sampaoli foi vaiado timidamente. E algumas canções de protesto que diziam "isso aqui não é Vasco, isso aqui é Flamengo" também foram ouvidas. Próximo da hora da partida, o Maracanã se encheu, assim como o entusiasmo do público.

Na entrada das equipes em campo, a torcida do Flamengo fez uma linda festa e cantando muito alto para apoiar o time, que vinha de dias muito turbulentos. E foi assim durante o primeiro tempo. Nenhuma vaia foi ouvida, mas sim um grande apoio vindo das arquibancadas apesar da persistência do empate em 0 a 0 no placar.

Com a classificação encaminhada após a grande vitória por 2 a 0, na Arena do Grêmio , o Rubro-Negro não parecia muito preocupado com o resultado e buscava chegar ao ataque com segurança. O que gerou uma certa impaciência nos torcedores, que esperavam uma resposta em campo.

O Grêmio pressionava e chegou a carimbar a trave, mas os flamenguistas seguiam apoiando. Mas aos 15 minutos, Gerson foi vaiado pelo público presente no Maracanã. E as vaias foram ainda maiores quando Sampaoli decidiu sacar Gabigol para a entrada de Luiz Araújo, mas elas foram rapidamente substituídas por aplausos ao camisa 10.

E o apoio voltou a ter lugar no Maracanã, principalmente após o VAR revisar um lance de bola na mão de Rodrigo Ely e o árbitro assinalar pênalti para o Flamengo. Com o gol de Arrascaeta, o estádio pulsou e as arquibancadas pareciam tremer. Sinalizadores foram acessos no setor norte e a sensação era de que o torcedor fez as pazes com o time após as broncas pelos recentes fracassos esportivos.

No término do jogo, a canção de que o Flamengo não era o Vasco voltou a ganhar força, além de vaias conta o presidente Rodolfo Landim. Mas a noite de quarta-feira (16) foi marcada por um clima de paz e felicidade para os rubro-negros, que enxergam a possibilidade da conquista do primeiro título da temporada se aproximando.