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Depois da grave lesão no joelho direito e de precisar reconstruir o ligamento cruzado anterior, o atacante ficou cerca de 10 meses fora de combate. Voltou a jogar em abril, mas só readiquiriu ritmo e confiança e reassumiu o posto de titular absoluto do time no fim de julho.

De lá para cá, BH já vinha dando mostras de que ainda é um jogador de "outro patamar": deu uma assistência e foi importante na vitória por 2 a 0 sobre o Grêmio na Copa do Brasil; marcou dois gols e foi um dos poucos a se salvar na eliminação para o Olimpia na Conmebol Libertadores; e foi o melhor em campo nos 3 a 2 contra o Coritiba, mesmo sem estufar a rede.

Mas na noite de sábado no Nilton Santos, Bruno Henrique reviveu sua melhor versão no Flamengo . Incisivo, deitou e rolou pelo lado direito da defesa do Botafogo, mesmo com JP e Victor Sá voltando para ajudar. Ninguém conseguia parar o atacante, que foi importante no primeiro gol, fez um golaço no segundo e ainda teve outro anulado pelo VAR por impedimento ajustado.

E a "volta às raízes" de BH carrega uma coincidência: foi justamente na casa do Botafogo que BH brilhou em sua estreia com a camisa rubro-negra há quatro anos. No dia 26 de janeiro de 2019, o atacante virou o jogo para o Flamengo com dois gols (veja no vídeo abaixo) . E ele lembrou disso na saída do estádio:

- Parabenizar toda a equipe, que fez um grande jogo e venceu uma grande equipe. Muito feliz de ter marcado esse belo gol. Na minha estreia em 2019 eu fiz dois, e justamente naquele gol (baliza). Hoje fui premiado mais uma vez. Agradecer sempre a Deus, por estar sempre comigo nos momentos importantes.

Naquele ano de 2019, Bruno Henrique fez incríveis 11 gols em 14 jogos contra rivais e ganhou o apelido de "Rei dos Clássicos" na época. Mas nos anos seguintes não conseguiu repetir a dose, e ele não marcava diante de um rival do Flamengo desde fevereiro de 2021, quando fez o segundo da vitória por 2 a 0 sobre o Vasco pelo Brasileirão 2020 (veja no vídeo abaixo) .

De lá para cá, o atacante tinha disputado e passado em branco em 15 clássicos, sendo oito contra o Fluminense, quatro diante do Vasco e três perante o Botafogo. Com a pintura de sábado, BH não só encerrou o jejum, como chegou a quatro gols em cima do Alvinegro, que passa a ser a sua segunda maior vítima no Rio de Janeiro ao lado do Tricolor (o Vasco já levou sete gols do atacante rubro-negro).

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