Em um momento em que muitos clubes recorrem à Sociedade Anônima de Futebol (SAF), para salvar as finanças e dar um novo caminho aos torcedores, o Flamengo , com uma gestão associativa, vai na contramão e mostra sucesso. No entanto, em um passado recente, foi alvo de pedido de venda.
Em 2009, Leonardo, ex-jogador do clube, deu uma polêmica entrevista e sugeriu que o Rubro-Negro fosse vendido. Anos se passaram, o clube carioca passou por muitas transformações internas, e o ex-lateral-esquerdo, ao Ge , explicou a fala.
"Naquele momento ali da entrevista, que foi muito polêmica, o Flamengo vivia um momento difícil. Claro, eu falei do Flamengo porque eu tenho uma relação com o Flamengo. Mas servia para qualquer tipo de clube. Até porque chega a um ponto que se você não abre para o mundo corporativo, para que possa haver uma injeção de capital para que possa mudar aquela realidade, não existe outro lugar a que possa recorrer."
Em seguida, Leonardo citou a mudança de tratamento com os jogadores da base, que antigamente faziam poucos jogos e eram vendidos. Com outros recursos, o Flamengo caminha com as próprias pernas atualmente e não tem planos no curto prazo de virar SAF.
"O Flamengo fazia um jogador, ele fazia três jogos e era vendido. Agora não, ele fica no Flamengo. Na época, não. Era um ciclo vicioso e não se saía daquilo. Então já que você não tem outros recursos, já que o clube está precisando dessa injeção, abre e vende. Foi o que aconteceu na Europa há 40, 50 anos. E é o que está acontecendo agora no Brasil."
Após pendurar as chuteiras, Leonardo se aventurou como treinador e diretor esportivo, tendo passagens pelo Paris Saint-Germain e pelo Milan . Com a experiência no cargo de dirigente, o ex-lateral fez o comparativo do Campeonato Brasileiro com a NBA e listou os motivos que podem fazer da competição nacional um grande produto mundial, como acontece com a liga de basquete norte-americana.
"Para ter campeonato forte, tem que ter times como o Flamengo. E jogadores de certa importância. O Brasil é um dos raros países, que tirando a Europa, pode fazer a NBA do futebol. O Brasil tem tudo. Tem história, tem qualidade, tem estádios, tem tudo. Uma população enorme. O que falta no Brasil é conseguir fazer desse produto futebol alguma coisa que seja vendida no mundo inteiro. Hoje é difícil ver o Campeonato Brasileiro no mundo inteiro. Não chegam as informações, não existe a criação de identidade dos clubes no exterior. Ninguém conhece o dia a dia, como nós conhecemos dos clubes da Europa. Não existe criação de identidade dos clubes no exterior", começou por dizer.,
"Teria que criar um produto que seja atrativo, que entre nos programas de televisão, das redes sociais, ou do que vai ser o streaming. Esse tipo de criação, de uma nova identidade do que é o Campeonato Brasileiro, para ser uma NBA, para ser visto no mundo inteiro, é isso que as pessoas tinham que se concentrar e se unir. Mas o país é um dos raros, talvez o único que pode fazer isso", completou, antes de exaltar o patamar que o Flamengo chegou e que supera até clubes da Europa.
"Muitos clubes europeus não têm faturamento que o Flamengo têm hoje. Só que, ainda geograficamente, você não está no circuito. Tem que fazer ver, informar, criar maneira para exportar, para buscar novas receitas, não só para o Flamengo, mas para todos os clubes que participam daquela liga. Para criar uma liga forte. O que já é! Ganhar o Campeonato Brasileiro é super difícil. Mas esse tipo de criação, de nova identidade, para ser realmente uma NBA e ser vista no mundo inteiro."
Athletico-PR (C) - 13/09, 21h30 (de Brasília) - Brasileirão
Goiás (F) - 20/09, 19h (de Brasília) - Brasileirão
São Paulo (F) - 17/09, 16h (de Brasília) - Copa do Brasil
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