Já chamado de "clube europeu na América do Sul" no ano passado, o poderio financeiro do Flamengo para contratar jogadores renomados é algo que impressiona os países vizinhos. Tanto que o clube foi convidado para participar do "Olé Sports Summit Leaders", um evento promovido pelo jornal "Olé" em Buenos Aires, na Argentina, sobre gestão, negócios, tecnologia e outros temas além do campo e bola.
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Para explicar a evolução financeira do Flamengo , nesta quarta-feira estiveram presentes representando o clube o vice-presidente de marketing e comunicação, Gustavo Oliveira, e o diretor de marketing Marcos Senna, que palestrou em espanhol e mostrou o faturamento rubro-negro atualmente de mais de R$ 1 bilhão por ano.
- Pela primeira vez não temos despesas com empréstimos bancários. Já não dependemos de antecipação de dinheiro, que é a realidade de muitos clubes. Já não dependemos de venda de jogadores. Essa receita recorrente, já vivemos com isso. E vocês conhecem nossos jogadores, não são baratos, são caros. Estamos em um caminho autossustentável muito importante. É uma estratégia de uma década, não de um ano. Estamos crescendo, mais equilibrados, e com nossa dívida baixa.
Os dirigentes disseram que o grupo político da atual gestão assumiu o clube no final de 2012 com uma receita de R$ 250 milhões e uma dívida de R$ 750 milhões, e que hoje a receita subiu para R$ 1,2 bilhão e a dívida, para USD 60 milhões de dólares (R$ 298,5 milhões na cotação atual).
Marcos Senna, diretor de marketing do Flamengo, em evento na Argentina — Foto: Carlos Roberto Bairo / Olé
Para destacar a força do Flamengo , Senna citou como exemplo os ingressos da final da Copa do Brasil contra o São Paulo, cujos preços eram de R$ 400 até R$ 4.500. O diretor reconheceu o valor alto, mas disse que todos foram vendidos em 24 horas (o clube ainda não anunciou que esgotou a carga):
- Nesta semana, estávamos vendendo ingressos para a final da Copa do Brasil. Pusemos os preços altos, mas em 24 horas vendemos tudo. Isso é bom, mas há outras milhares de pessoas tentando comprar e não conseguiram, então vão às redes sociais e reclamam, reclamam. Há dificuldade de tudo que fazemos pela repercussão - alegou Senna, complementando com outro exemplo dos streamings:
- Falávamos aqui de streaming. Não podemos pôr no streaming (jogos), teria que ser um streaming tendo em conta que pode ter 1 milhão de pessoas simultâneas. Tem que preparar tudo, os custos são sempre mais altos, a repercussão, a capacidade de execução... Há uma dificuldade operacional para fazer o que fazemos em um clube deste tamanho.
Maracanã será o palco do jogo de ida da final da Copa do Brasil — Foto: Duda Dalponte
Nesta semana, o Procon do Rio de Janeiro chegou a notificar o Flamengo sobre o preços dos ingressos da final da Copa do Brasil e deu 72 horas para o clube se explicar . O bilhete mais barato para quem não é sócio e queria ir ao Maracanã contra o São Paulo, às 16h (de Brasília) do dia 17 de setembro, custava R$ 400.
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