- Cara, não foi um erro. Getúlio, quantas vezes você socou a bola ali no "bololô" e a bola foi para frente? Às vezes você não consegue executar o movimento correto. Você tem que, naquele momento ali, fazer o movimento que te permite ser feito. A gente sabe que o be-á-bá é o seguinte: zagueiro não pode cabecear para o meio da área e nem goleiro pode cabecear para o meio da área. Porque a tendência é (a bola) cair no pé de um atacante ou de alguém que está esperando o rebote e chutar. E o dele nem foi assim, para o meeeiiio da área.

- Pô, foi muito mais mérito do cara que chutou, porque aquela bola que ele (Nestor) pegou é muito difícil. Ela entra na redinha do lado. "Ah, mas ele estava fora de posição". Óbvio, o cara foi lá socar (risos). Ele foi, fez o trabalho dele de socar, ajudar o sistema defensivo. Não vamos depositar tudo na conta do cara porque não é justo. Se a bola tivesse ido para fora, ninguém ia falar nada. É futebol.

Júlio César, porém, argumentou que não teria trocado o goleiro titular na segunda partida da final e defendeu Matheus Cunha das críticas pelo gol de Calleri sofrido no jogo de ida, no Maracanã:

- O Matheus (Cunha) de repente poderia ter jogado a final. Mas ali foi uma opção do treinador que tem que ser respeitada. Eu não trocaria porque é um goleiro que vem em uma sequência de jogos, minutagem... No gol do São Paulo, nós goleiros sabemos que é uma bola muito difícil de ser lida para sair, porque quando o cruzamento vem da linha de fundo, quase em cima da linha, é uma coisa. Quando ele vem lá do bico da grande área, mais para fora, para você fazer essa leitura, pô... Então, gente, Júlio César, Getúlio (Vargas), Rogério Ceni, Dida... Se buscar na internet vai ter um gol igualzinho ao que o Matheus sofreu. Só que aconteceu em um momento que não foi bom, uma final.

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