O Governo do Estado do Rio de Janeiro publicou nesta terça-feira a extensão do Termo de Permissão de Uso do Maracanã e Maracanãzinho para a dupla Flamengo e Fluminense - o Rubro-Negro é o permissionário do contrato, com o Tricolor como intervenuente.
+ Governo do RJ divulga edital de licitação para concessão do Maracanã por 20 anos
+ Reforma na cobertura será uma das obrigações do futuro concessionário no Maracanã
Extensão contratual para Flamengo e Fluminense — Foto: Reprodução Diário Oficial
A dupla administra em parceria o Maracanã desde abril de 2019 e vai passar pela primeira concorrência pública no mês de novembro. No dia 9 de novembro, grupos interessados vão apresentar propostas em chamamento público convocado pela Casa Civil.
Além de Flamengo e Fluminense, o Vasco, com duas parceiras, e a Arena 360, que faz a gestão do estádio Mané Garrincha, vão participar do chamamento público e também da licitação para gerir o Complexo Maracanã por 20 anos.
Maracanã vai passar por chamamento público e licitação — Foto: Giba Perez / ge
Pela licitação do Maracanã, as propostas técnicas e financeiras serão entregues no dia 7 de dezembro.
No documento divulgado pelo Governo do RJ, a outorga mínima é de R$ 6.132.000,00. Qualquer proposta de licitação que tiver um valor abaixo será desclassificada. O valor total estimado do contrato, pelo prazo da concessão, é de R$ 186.090.559,38.
A cronologia do Maracanã:
Reformas obrigatórias
Entre as diretrizes para intervenções obrigatórias no estádio e também no Maracanãzinho estão vistoria completa e correção de falhas no teto dos dois equipamentos. Como o ge publicou em março deste ano, estudo feito por empresa especializada elencou problemas na conservação da lona que cobre 96% do estádio.
O estudo realizado em 2021 foi o primeiro mais detalhado desde a entrega da obra, há 10 anos. Nas palavras do relatório de 261 páginas, a manutenção "praticamente inexistiu ao longo desses 7 anos, desde a conclusão da obra". Entre as irregularidades constatadas há mais de dois anos, havia 285 pinos com problemas de oxidação e 465 furos na membrana da cobertura, provocado por fogos de artifício das Olimpíadas de 2016 .
Outras necessidades de mudanças obrigatórias são a realização de primeira pintura do estádio dez anos após a reinauguração para a Copa das Confederações de 2013. O Governo aponta nos documentos do edital que "depois de 9 anos (o estádio) ainda não passou por nenhuma pintura interna, como banheiros, salas operacionais, corredores de circulação, etc e externa, sendo o problema mais visível nas rampas monumentais e abóbodas superiores".
Há outros pontos de conserto, reforma e melhorias apontadas para o futuro concessionário. Como por exemplo a colocação de nova divisória entre torcidas, com modelo de vidro para extinguir pontos cegos no estádio.
Permissão para outros clubes jogarem
Existe ainda projeto de separação do Parque Aquático Julio Delamare, que vai ficar a cargo do Governo do Estado (Suderj), mas também recriação do Parque da Bola, um espaço de entretenimento para torcedores no estádio.
No local que hoje encontra-se com problemas de limpeza e conservação - veja reportagem recente do ge -, o Governo quer a transferência do acervo histórico do estádio para a recriação do Museu do Futebol no terceiro andar. Com acesso pela torre de vidro, hoje desativada.
Como já constava no edital anterior, o futuro concessionário não poderá vetar jogos de outros clubes, embora tenha preferência de seus jogos no estádio . Está expresso nos termos do edital, porém, que "a mera prática de valores distintos para as diversas agremiações, associações ou confederações desportivas, sgeundo políticas comerciais transparentes, consistentes com a especificidade de cada cliente, e consentâneas com as práticas de mercado" .
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