O Flamengo precisou de apenas nove meses de 2023 para superar R$ 1 bilhão em faturamento. O demonstrativo financeiro relativo ao terceiro trimestre do ano divulgado pelo clube, porém, também revela um “alerta” para o futuro que pode impactar a postura rubro-negra no mercado.
Em seu relatório, a direção do Flamengo ressalta ter "recursos suficientes para pagar salários, impostos, empréstimos e bancar as suas operações”, tendo ainda R$ 194 milhões em caixa. Na análise específica sobre compra e venda de jogadores, o clube é transparente com uma de suas preocupações.
É que o Flamengo tem buscado equilíbrio no “balanço de compras e vendas” de atletas. E, sob a perspectiva financeira, a conta não é feita apenas em relação aos anos em que determinado jogador é contratado – ou vendido –, mas sim, como a operação de pagamento é montada.
Os termos técnicos no demonstrativo financeiro são valores circulantes ou não circulantes. O primeiro é dinheiro que tem que ser pago a curto prazo, em até um ano – ou seja, até o fim de setembro de 2024; já o segundo, são cifras com vencimento após esse intervalo, logo, a partir de outubro de 2024.
Olhando o balanço de jogadores que o Flamengo adquiriu e vendeu e o dinheiro envolvido em cada negócio no prazo de um ano, a conta é favorável aos rubro-negros, com a quantia a ser recebida sendo maior do que a ser paga; já a longo prazo, a situação se inverte significativamente.
No total, o Flamengo ainda tem a pagar R$ 287,3 milhões por contratações realizadas. Disso, R$ 160,2 milhões no prazo de um ano, e R$ 127 milhões parcelados de outubro de 2024 em diante. Já no que tem a receber, são R$ 203,4 milhões, com R$ 164,6 milhões no curto prazo e “só” R$ 38,8 milhões no longo.
Olhando para o próximo ano, até outubro, portanto, a “balança” do Flamengo é favorável em cerca de R$ 4 milhões (R$ 164,6 mi x R$ 160,2 mi). Já depois disso, há R$ 88 milhões ainda a compensar (R$ 127 milhões a pagar contra R$ 38,8 milhões a receber).
"Não significa que o clube precise realizar vendas de atletas em valores equivalentes. O importante é manter-se atento às oportunidades de mercado para que, a longo prazo, não se crie uma situação que possa comprometer este equilíbrio", explica o Flamengo no relatório.
Um exemplo prático de “oportunidade de mercado” foi a venda de Matheus França para o Crystal Palace . Depois da ida de João Gomes ao Wolverhampton por R$ 103,8 milhões, no início do ano, o Flamengo não teve dificuldade para bater a meta estabelecida no quesito para 2023. No entanto, ainda assim negociou o atacante com os ingleses, recebendo mais R$ 104 milhões.
Nos valores que o Flamengo ainda tem a pagar por contratação, a maior quantia é por Everton Cebolinha, com R$ 47,6 milhões ainda a serem repassados ao Benfica – os rubro-negros não detalham o que vence até outubro de 2024 e o que ainda fica em aberto depois disso.
Depois dele, Gerson ainda é responsável por R$ 43,2 milhões que o Flamengo tem a pagar – sendo R$ 3 milhões da compra parcelada de 2019 junto à Roma e o restante ao Olympique de Marselha , pelo negócio de 2023. Por Luiz Araújo, o clube carioca ainda deve R$ 39,7 milhões ao Atlanta United; por Allan, R$ 22,8 milhões ao Atlético-MG ; e, por Ayrton Lucas, R$ 21,6 milhões ao Spartak Moscou.
Além desses, o Flamengo ainda tem, por exemplo, parcelas a serem pagar por contratações mais antigas, como Giorgian De Arrascaeta (R$ 1,16 milhão).
Fortaleza (F): 05/11, 18h30 (de Brasília) - Brasileirão
Palmeiras (C): 08/11, 21h30 (de Brasília) - Brasileirão
Fluminense (C): 11/11, 18h30 (de Brasília) - Brasileirão
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