O Flamengo não deu chances ao Palmeiras e venceu por 3 a 0 com muita autoridade na noite desta quarta-feira. Após a grande atuação no Maracanã, Tite foi perguntado se a vitória recoloca o time na briga pelo título ou se o discurso ser utilizado é o de busca por vaga no G-4.
- Ele é a verdade, é a segunda parte da pergunta que você colocou (de o Flamengo estar no quinto lugar) Se algum momento estivermos a uma pontuação ou a uma partida, a gente fala. Por enquanto é a realidade daquilo que nos propusemos. É o próximo jogo, é o próximo passo, é a performance, é produzir bem, é vencer jogos e crescer. Aonde quero chegar eu não sei, mas nosso objetivo é crescimento.
Flamengo 3 x 0 Palmeiras | Melhores momentos | 33ª rodada do Brasileirão 2023
- Nosso objetivo inicial é de vaga direta na Libertadores. É um campeonato que se mexe a cada rodada. Não vou falar do sonho e nem do risco. Daqui a pouco não está nem no G-4. A realidade é do grande jogo que fizemos e do pés no chão. Já fui picado. Baixamos a guarda depois das duas primeiras vitórias e nós aprendemos.
Tite falou também do crescimento de Everton Cebolinha. Ele recorreu a outro momento da carreira para tratar de um atleta que foi contratado com a missão de se adaptar dentro de uma temporada.
- Eu entendo a individualidade, vou responder da individualidade, mas o conjunto e a engrenagem têm que estar funcionando. Senão isoladamente ninguém aparece. Sobre individualidade, vou dar um exemplo. Teve um determinado momento que um atleta foi contratado. Atleta que eu dirigia. E ele foi contratado para jogar na Alemanha. E o diretor disse: "você tem um ano para se adaptar". Olhei para ele e digo: "Você tem um ano em cima do clube, em cima do modelo e das necessidades".
- Ele é um ser humano igual a nós. Precisa de naturalidade, de tempo de maturidade e de adaptação a uma camisa pesada e expectativa alta. Esse contexto humano faz parte. Não é o Tite que faz, é o Flamengo enquanto instituição e a torcida que dá carinho para que ele possa desenvolver o seu melhor.
Tite, Flamengo, Palmeiras — Foto: André Durão
Auxiliar e filho de Tite, Matheus Bacchi abordou a bola parada, que funcionou muito bem contra o Palmeiras.
- A gente vai conversando durante o jogo situações que a gente pode pensar em ajustes e como a gente pode potencializar a equipe ou equilibrar quando um adversário está numa situação um pouco melhor que a gente. A comissão inteira conversa e a gente fica trocando ideias para elaborar esses ajustes.
- É muito bom a gente chegar num clube e os atletas serem receptivos a uma ideia nossa. Quando a gente consegue implementar uma ideia, os atletas acreditam e todos juntos vão fazendo isso pra melhorar no dia a dia, a gente tem essa evolução. A gente está começando ainda, precisa melhorar.
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Pedro em crescimento
- A individualidade. A equipe está em formação e se moldando. Hoje ela tem dois atletas de velocidade de lado que potencializam um 9 e um articulador, com um segundo meio-campista box to box e um primeiro posicional. Ela te traz esse componente às vezes com um lateral atacando a última linha ou um construtor. E ainda tem o Varela, jogador de seleção, que se preparou para os dois lados.
- Então você vai tendo possibilidades e ajustes para que ele possa tirar proveito quando tiver dois flechas do lado e dois articuladores por dentro. Isso também te possibilidade um ponto de equilíbrio.
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