Não é exagero afirmar que o Flamengo fez a melhor partida desde 2022. Esse que vos escreve disse isso antes de Júnior, ele mesmo, comentar na TV Globo. Seria o fim do ranço Vitor Pereira? Será que esse infeliz nos deixará em paz? Poderemos enfim sepultar a triste lembrança de Jorge Sampaoli caminhando para os lados alucinadamente? Ninguém viu. Mas parece que Éverton Cebolinha foi a Lisboa, apanhou o futebol que esquecera no Benfica, e o trouxe de volta. Não tivesse o Flamengo somado tantos empates e derrotas ridículas no Brasileiro, ainda poderia brigar pelo título. Mas são muitos concorrentes e a tabela prevê muitos jogos entre eles, o que torna a tarefa difícil.
Após um comecinho hesitante, no qual criou chances, mas quase levou gol, o time pôs a bola no chão, e trocou passes medidos, sempre com objetividade, surpreendendo o Palmeiras e a própria torcida, aproveitando, em duas ocasiões, o futebol que praticou. Aos 18 minutos, com Pedro, após lançamento de Pulgar, e aos 29, na cabeçada de Arrascaeta, em levantamento preciso de Éverton Cebolinha.
A estratégia do Palmeiras era efetivamente confusa, com três zagueiros que deixavam muito espaço, laterais - seriam alas? - que não avançavam, e meio-campo que não marcava e sequer apoiava, situação que se tornou ainda mais atrapalhada na segunda etapa. Abel Ferreira trocou um defensor, Luan, por um atacante, e substituiu Richard Rios por Fabinho, para dar mais espírito coletivo ao time. Se você não sabe, Richard Rios é colombiano, mas foi praticamente criado na Gávea, e queria mostrar serviço. A coisa piorou definitivamente quando Gustavo Gomez, mal a bola voltara a rolar, deu uma gravata em Arrascaeta, que seguiria livre em direção à meta, e recebeu o vermelho. Patética a figura do paraguaio clamando pelo perdão.
Aos 18, em jogada espetacular, que lembrou o Flamengo de 2019, Ayrton Lucas cruzou, Gérson ajeitou e Pedro completou: 3 a 0. Quando o Palmeiras providenciou mais mudanças, a vaca já havia tomado o rumo do brejo. O Flamengo diminuiu o ritmo, também fez mudanças, mas como poucas vezes acontece no Rubro-Negro nos dias de hoje, não havia possibilidade de surpresa.
Resta saber se foi o Rubro-Negro que de fato jogou essa bola ou se Abel Ferreira teve dia de Vitor Pereira - e Jorge Sampaoli - facilitando a vida do clube da Gávea.
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399 visitas - Fonte: terra
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