Tite, técnico do Flamengo, avaliou as diferentes camadas do 1 a 1 entre Flamengo e Millonarios na estreia da Libertadores. Ele elencou o que viu de positivo no time e não considerou uma partida ruim nos 90 minutos. O treinador viu somente um erro que levou o rubro-negro ao empate.
"Procuro ser realista. Tive condição de colocar para eles que depois dos 15 primeiros minutos a equipe esteve abaixo do padrão normal. Por "N" fatores, mas esteve abaixo. O time voltou bem melhor. Fez o gol merecidamente, colocou um volume grande. Corrigiu o que tinha de deficiente. A bola tem disso, em um erro, numa jogada individual de um jogador que acabou de entrar com ímpeto e teve a possibilidade. Mas tem aprendizado, evolução, saber que por vezes tem que ter um passe mais curto para ter posse de bola. São processos da evolução Tite.
![Tite, técnico do Flamengo, no jogo contra o Millonarios, pela Libertadores](https://conteudo.imguol.com.br/c/esporte/6b/2024/04/02/tite-tecnico-do-flamengo-no-jogo-contra-o-millonarios-pela-libertadores-1712098248922_v2_450x600.jpg)
"O futebol às vezes te apresenta diferentes etapas. Se o Millonarios tivesse feito o gol depois dos 15 minutos do primeiro tempo, que colocou volume e criou oportunidades especialmente em bolas alçadas pelos lados. Estávamos com dificuldades nesse bloqueio. Um erro excessivo de passe que não nos dava condições de trabalhar e acionar os homens de frente com melhor qualidade. A altitude proporciona isso, a bola corre, foge. Tem que ser o passe no pé. Voltou no segundo tempo bem melhor e quando teve a superioridade fez o gol. O futebol tem esses detalhes. Fomos de um jogo dominado com a possibilidade de fazer um segundo gol, tomamos uma jogada individual e no cruzamento sofremos talvez na única oportunidade no segundo tempo. O Millonarios no melhor momento no primeiro tempo não fez, mas nós no segundo tempo fizemos e teve essa oportunidade que deu o gol de empate."
Substituições: "Nós viemos com nove jogadores que tinham um problema. Eu não posso entrar com nove jogadores com alguns sentindo, outros com um detalhe a mais. Até porque temos um plantel qualificado. Quando tem a necessidade clínica ou física de sair alguém, naturalmente tem esses jogadores para participar."
"Allan te dá ritmo, é um jogador com cadência, passes curtos e volume. Possibilita inclusive a saída alternada do Erick. Quando tem os dois, um busca e outro tem liberdade de infiltração. Conseguimos sair dessa pressão. Com o Bruno Henrique você tem jogador para as três funções da frente. Com o adversário se expondo, ele teria oportunidade de puxar contra-ataque. Fora que o desgaste da altitude te faz ter que renovar a equipe. O Varela teve câimba, viemos com uma viagem desgastante depois de um jogo que também foi extenuante. Todo esse contexto faz com que eu tivesse a necessidade de utilizar todos."
O que faltou: "Ele não procurou administrar o jogo, ele continuou agredindo. Colocou três atacantes de velocidade, um jogador de mobilidade que tem cabeceio. Não trouxe gente para trás. O que aconteceu foi o Millonarios com pressão baixa com um a menos e puxando contra-ataque. Ele atrasou a linha de marcação e não conseguimos furar esse bloqueio. Ele buscou o segundo gol. Ficar atrás não é característica dele e nem minha. É situação de covardia com um a menos. Não tem equilíbrio. Aconteceu porque o futebol proporciona isso [expulsão]. É do jogo."
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