Em entrevista ao Sportv, neste domingo (26), o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, negou qualquer chance do Campeonato Brasileiro 2024 não ter clubes rebaixados. De acordo com o mandatário, essa possibilidade não faz parte das propostas da Confederação para a sequência do torneio, cujo encerramento segue programado para 8 de dezembro. Ednaldo explicou que sequer é possível decretar o fim do rebaixamento (e também o acesso dos clubes da Série B), já que o regulamento do Brasileirão é "protegido" pela Lei Geral do Esporte e também pelas leis da Fifa. "Tudo é possível (sobre o Brasileirão), todas as considerações (dos clubes) são possíveis. Mas o (não) rebaixamento não está na proposta da CBF e acredito também que de nenhum clube também", afirmou. "Porque a gente obedece um calendário e um regulamento da Fifa. O Estatuto da CBF tem duas leis pelo acesso técnico, tanto a Lei Pelé quanto a Lei Geral do Esporte. Então teria que mudar a constituição para não ter rebaixamento", salientou.
As conversas sobre o possível cancelamento da "degola" foi iniciado pelo técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, que se disse favorável à ideia após os clubes do Rio Grande do Sul serem extremamente afetados pelas tragédias naturais que devastaram o Estado. De acordo com o comandante, outros treinadores de equipes da Série A também aprovaram o tema. "Sem dar nomes, eles (técnicos) têm sido bastante solidários. Eles têm esse mesmo pensamento de não termos nenhum clube rebaixado este ano. A gente opina, mas não cabe a nós tomar essa decisão. Essa decisão será dos presidentes dos clubes com o presidente da CBF. Única coisa que posso falar e opinar: pensem direito sobre essas decisões no próximo dia 27", afirmou Renato.
Nesta segunda-feira (27), aliás, ocorrerá o Conselho Técnico Extraordinário da CBF sobre o Brasileirão-2024, com participação de todos os times da Série A. No encontro, serão discutidas as questões sobre a continuidade do torneio, que deve ser retomado no próximo final de semana.
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