A Prefeitura do Rio divulgou nesta terça-feira o edital do leilão do terreno do Gasômetro, que pertencia a um fundo administrado pela Caixa Econômica Federal e foi desapropriado. O Flamengo é o principal interessado em adquirir o local para a construção de seu estádio. O leilão está marcado para o dia 31 de julho de 2024, às 14h30, no Auditório do CASS. O lance mínimo será de R$ 138,195 milhões. O vencedor do leilão deverá apresentar o projeto final em até 18 meses após a assinatura do Termo de Promessa de Compra e Venda, e deverá executar o projeto em até 36 meses. Com as especificações do edital, o Flamengo não teme concorrência. Segundo o colunista Lauro Jardim, de "O Globo", o edital pede a construção de um estádio para no mínimo 70 mil lugares e estabelece uma série de diretrizes a serem cumpridas pelos interessados: Plano de mobilidade urbana que privilegie o uso do transporte coletivo e acesso por pedestres nas imediações Instalação, preferencialmente, de sistemas de captação e reuso de água da chuva para irrigação de gramados e uso em banheiros Áreas temáticas ao redor do estádio, como museus interativos e zonas de jogos Calçadas largas e acessíveis, além de ciclovias que conectem o estádio a áreas residenciais e comerciais próximas Projeto de estacionamento suficiente, preferencialmente subterrâneo ou em edifício-garagem; Implementação de sistema robusto de coleta seletiva e reciclagem de resíduos, assim como áreas de docas para coleta de lixo Incorporação de painéis solares e outras fontes de energia renovável, além de estratégias que incluam compensação de carbono Deverá ser usada iluminação LED de alta eficiência e sistemas de controle automatizado para reduzir o consumo energético. Integração da vegetação ao projeto, como jardins verticais e, preferencialmente, telhados verdes, para melhorar a qualidade do ar e reduzir a temperatura ambiente Plano de Alcance Social que abranja impactos para as populações e comunidades do entorno - A gente entende esse papel, é importante para a revitalização daquela região da cidade. O Flamengo não vai fazer só um estádio, ali vai ser um lugar de entretenimento, vai ter centro de convenções (...). Vamos trabalhar junto com a direção do Flamengo , com o presidente Landim, com os presidentes que vierem para que a gente possa realizar esse sonho da nação rubro-negra - disse o prefeito Eduardo Paes quando anunciou a desapropriação do terreno.
No dia do anúncio, o Flamengo publicou um nota sobre a decisão e comemorou a ação feita por Paes. - A decisão do prefeito Eduardo Paes reconhece o interesse público envolvido e propicia um passo importantíssimo na realização do projeto para erguer o estádio próprio do Flamengo , sonho de toda a Nação Rubro-Negra. A diretoria do Flamengo tem plena consciência da importância desta obra tanto para o nosso clube como também para a revitalização de uma das mais tradicionais áreas de nossa cidade.
A Caixa Econômica Federal, que administra o fundo que é dono do terreno, alegou que não foi comunicada sobre a desapropriação e enviou a seguinte resposta ao ge : - A CAIXA, enquanto administradora do Fundo Imobiliário Porto Maravilha, não foi comunicada oficialmente sobre a decisão da prefeitura do Rio de Janeiro e, portanto, se manifestará oportunamente sobre o assunto.
O impasse financeiro entre o clube e Caixa Econômica Federal pelo terreno do Gasômetro fez Eduardo Paes revelar a possibilidade de desapropriar a área. A primeira vez que o prefeito trouxe a informação à foi em um jantar com Rodolfo Landim, presidente do Flamengo , e outros membros ligados ao clubes há um mês.
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