O Flamengo divulgou o demonstrativo financeiro do segundo trimestre de 2024. Até 30 de junho, o clube registrou déficit de R$ 79,5 milhões (em cima do orçado), mas R$ 209,4 milhões em caixa ("entre dinheiro na conta corrente e aplicações em renda fixa", segundo diz o documento). Porém, desse valor sobram R$ 28,3 milhões após o Rubro-Negro gastar R$ 138,1 milhões (66%) para comprar o terreno do Gasômetro, onde pretende construir seu estádio . O balancete do primeiro trimestre do ano também havia registrado um resultado negativo de R$ 63 milhões, que subiu para R$ 79,5 milhões no segundo. O déficit no primeiro semestre de 2024, no entanto, foi considerado normal em documento feito pela diretoria rubro-negra e assinado pelo presidente Rodolfo Landim (veja ao final da matéria) . No balancete, o Flamengo destacou que os R$ 209,4 milhões que havia em caixa no final de junho são R$ 74 milhões a mais do que o obtido no primeiro trimestre, mesmo tendo investido R$ 191 milhões em contratações no início do ano (incluindo luvas e custos de intermediação) . O clube ainda informou que "quitou todos os seus empréstimos bancários e, no seu balanço patrimonial, não constam passivos onerosos". O Flamengo ainda tem a pagar R$ 271,7 milhões referentes à compra de jogadores, sendo R$ 177,8 milhões no curto prazo (próximos 12 meses a partir de julho de 2024) e R$ 93,98 milhões parcelados a partir de julho de 2025. Essas quantias são maiores do que aquela que o clube tem a receber por vendas já feitas: R$ 208,8 milhões, sendo R$ 165,2 milhões no curto prazo e R$ 43,7 milhões no longo. Apesar disso, a diretoria alega que "em função de sua forte capacidade de geração operacional de caixa e dos longos prazos desses pagamentos, esse saldo apresentado no 2T/2024 não significa que o clube precisa realizar vendas de atletas em valores equivalentes ou contrair empréstimos".
Vale destacar que em julho, após o fechamento do balancete, entraram nos cofres do clube cerca de R$ 84 milhões, referentes a parcelas das vendas de Matheus França (Crystal Palace-ING), João Gomes (Wolverhampton-ING) e André (Estrela da Amadora-POR), além de porcentagem da negociação em Portugal do zagueiro Otávio do Famalicão para o Porto. Veja a conclusão que há no documento: "Terminamos esse primeiro trimestre registrando um déficit acumulado de R$ 79,5 milhões. Este resultado é inferior em cerca de R$ 121 milhões ao resultado do 2T2023 (positivo em R$ 41,5 milhões), uma vez que o resultado daquele semestre foi fortemente impactado pela venda dos direitos do jogador João Gomes na janela de início de ano, que gerou uma receita não recorrente de R$ 103 milhões. Entendendo melhor a variação das receitas recorrentes, que não incluem venda de atletas, observa-se uma leve redução em relação ao mesmo período do ano anterior: R$ 458,8 milhões de receita recorrente contra R$ 469,5 milhões em 2023, o que não gera preocupações de longo prazo, uma vez que esse desempenho se deu por conta da redução pontual de receitas de participação em competições, já que no ano anterior disputamos mais competições no primeiro trimestre (Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil e Mundial de Clubes). Concluindo, este resultado deficitário no primeiro semestre é natural e esperado, em função da sazonalidade típica das receitas da indústria do futebol. Nossa estimativa atual permanece de um resultado superavitário em 2024, o que nos permitirá seguir de forma sustentável, disputando as principais colocações nas competições de que participamos". + Leia mais notícias do Flamengo Assista: tudo sobre o Flamengo no ge, na Globo e no sportv
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