Na noite desta quinta, o Flamengo entrou em campo com o objetivo claro de abrir vantagem em cima do Bolívar no Maracanã. A intenção era afastar o fantasma da altitude de La Paz no segundo e decisivo jogo, já que o Rubro-Negro nunca venceu por lá: três jogos e três derrotas. A postura foi perceptível aos olhos do ge no gramado desde o apito inicial. Foram 90 minutos de um time lidando com a ansiedade de marcar. O placar de 2 a 0 talvez não retrate o que foi a partida em questão de oportunidade e volume de jogo, mas certamente prova a mentalidade forte de um elenco que precisou superar (quatro) lesões nos últimos jogos - sendo duas nesta noite.
Everton Cebolinha e Viña, que inclusive já passaram por suas respectivas cirurgias e só voltam a campo em 2025, foram os primeiros problemas do Flamengo para enfrentar o Bolívar. E foi justamente com um improviso no ataque que o Rubro-Negro teve o seu melhor jogador no Maracanã: Luiz Araújo na esquerda. Luiz Araújo fez um gol, deu uma assistência e seis passes decisivos. Acertou quatro de 12 cruzamentos, acertou seis de sete dribles, além de ter feito seis desarmes. Dos pés de Luiz Araújo saiu o primeiro respiro para afastar a ansiedade, somente aos 29 minutos do primeiro tempo.
O camisa 7 ficou cara a cara com o goleiro e marcou para abrir placar após uma linda jogada de triangulação com Arrascaeta e Pedro, que dominou de peito antes de dar assistência. Esse gol trouxe uma certa tranquilidade em um cenário que o Flamengo tinha quase 60% de posse de bola e quatro finalizações. O gol também desencadeou uma mudança de postura nos bolivianos: a cautela com a cera.
Aos 37, Gabigol foi ovacionado na sua entrada para substituir o artilheiro Pedro. O Maracanã aplaudiu, gritou o nome e teve a esperança de que o atacante pudesse reviver os velhos tempos. Mas não aconteceu. E, para piorar, no fim do jogo, ainda se juntou à lista de problemas do Flamengo. Em lance similar ao de Pedro, Gabigol arrancou e também sentiu a posterior da coxa.
O segundo tempo foi morno, e a cada chance perdida ou jogada desperdiçada, os jogadores não disfarçavam o semblante de ansiedade em marcar. O Flamengo conseguiu aumentar o volume só nos minutos finais e, neste momento, aconteceu a cena que retratou a ansiedade em definir a partida. Aos 44, Luiz Araújo cobrou escanteio na cabeça de Léo Pereira, que marcou o segundo gol. O gol, claro, deu mais um respiro na ansiedade de abrir vantagem pensando no segundo jogo e na dificuldade que é jogar na altitude.
O tamanho desse resultado só poderá ser medido daqui a uma semana, nos 3.640 metros acima do nível do mar, em La Paz, na partida que decidirá quem avança às quartas. Assista: tudo sobre o Flamengo no ge, na Globo e no sportv
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