A vitória do Flamengo sobre o Bahia , na Arena Fonte Nova, pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil marcou o retorno do treinador Tite à beira do campo. Após a partida desta quarta-feira, o comandante relatou sua recuperação e criticou a Conmebol. Tite foi internado na última sexta-feira, após sofrer uma arritmia cardíaca ainda em La Paz, na Bolívia, depois da classificação do Flamengo às quartas de final da Copa Libertadores, sobre o Bolívar. Com isso, o técnico desfalcou o clube carioca no jogo contra o RB Bragantino, no último domingo. "Dá para escrever um capitulo de livro. Pelo lado humano que cada um passa. Senti do doutor a responsabilidade, os cuidados. O doutor queria saber o porquê e ficava perto o tempo todo. Tomara que as pessoas deem ouvido à ciência. A ciência está aí para que a gente possa usufruir dela humanamente. Jogar em La Paz é muito difícil. Não vou usar o termo desumano, mas traz uma série de problemas muito fortes. Não gostaria de dizer isso, mas se não derem um intervalo, vai dar problema. Deu comigo, vai dar mais sério. Estou antecipando", disse. "É absurdo a Conmebol obrigar as equipes a estarem um dia antes lá, um desrespeito à ciência. Todas as pessoas, os médicos, sabem que a partir de 6h, 7h, 8h começa a ter dor de cabeça. A gente quer chegar na hora do jogo, aí o clube é multado. Só sosseguei na hora que vi os exames, o doutor mostrou tudo.. Obrigado ao departamento médico do Flamengo, ao doutor Bassan. Eles foram muito queridos", completou. Tite ainda celebrou a vitória do Flamengo contra o Bahia e comentou sobre a lesão sofrida por Michael durante a partida, que agora se junta a nomes como Gabigol, Pedro, Arrascaeta, Matias Viña e Everton Cebolinha no departamento médico. "Jogo de hoje tem bastante coisa para a gente falar. E a felicidade da performance da equipe, das decisões que temos que tomar em cima de uma sequência, das entradas dos atletas... Hoje de novo a necessidade do Igor, que não vinha sendo utilizado, entrou bem. Daqui a pouco machucou um atleta e ficamos com 10 homens, a recomposição, o BH (Bruno Henrique) de 9... Tem um monte de coisa legal aí", falou. "Inevitavelmente acontece e dói (lesões). Precisamos do Michael porque não tínhamos e ele jogou o jogo todo lá (contra Bragantino). Não era para jogar o jogo todo. Mas ele veio com boa vontade e foi decisivo. Um jogador decisivo e você perde ele na sequência. A gente tenta preservar ao máximo, mas é duro", acrescentou Agora, o Flamengo volta suas atenções ao Campeonato Brasileiro. A equipe entra em campo no próximo domingo, às 16h (de Brasília), contra o Corinthians, na Neo Química Arena.
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