A Justiça do Rio acatou pedido do Ministério Público e extinguiu a possibilidade de punição ao ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, pelo incêndio ocorrido no CT do Ninho do Urubu, em 2019, que vitimou 10 jovens jogadores da base do clube. A medida é justificada pela prescrição da denúncia do Ministério Público, feita em janeiro de 2021, e pela idade avançada do ex-dirigente. A decisão é do juiz Tiago Fernandes de Barros, da 36ª Vara Criminal.
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Em nota, Bandeira de Mello afirmou ter recebido com surpresa a decisão e considerou incomum o pedido do MP para extinguir a punição. Ele também alegou que existem provas que mostram sua inocência no caso. Veja um trecho da nota: "Estávamos há mais de 100 dias aguardando que eles apresentassem suas alegações finais e permitissem o julgamento do caso. Agora, o órgão que me acusou não parece interessado em uma decisão do Judiciário. Após mais de 4 anos de processo, todas as provas produzidas apontam a minha inocência. Prefiro acreditar que não, mas talvez isso explique a demora da Promotoria para apresentar as suas alegações finais e a agilidade do mesmo órgão em pedir essa prescrição".
Da minha parte e de minha equipe de defesa, sempre houve efetiva colaboração com a Justiça na busca pelas causas dessa tragédia. Atos protelatórios que visassem uma possível prescrição nunca foram opções para nós. Não por acaso, minha equipe de defesa sempre atuou em estrito cumprimento dos prazos estabelecidos a fim de promover a celeridade do processo. Após 6 anos de dor, entendo que todos merecemos uma resposta que possa aplacar, ainda que minimamente, esse imenso sofrimento. Partes, torcedores, público em geral e, principalmente, as famílias das vítimas merecem essa resposta.
O processo que visa a apontar os culpados pelo incêndio do CT do Ninho do Urubu está em andamento no Tribunal de Justiça do Rio. Desde 2023, foram realizadas audiências que ouviram testemunhas e profissionais que atuaram nas investigações. Ainda não há previsão para a sentença.
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