13/2/2014 17:38
Vermelhos a jato: Fla mantém sina de expulsões precoces na Libertadores
Toró, um dos que cometeram erros em jogos no primeiro tempo, dá dicas a Amaral e o estimula a não abaixar a cabeça: 'A nação sabe da sua importância'
Amaral prejudicou o Flamengo ao receber cartão vermelho com apenas 12 minutos de jogo durante a derrota por 2 a 1 para o Léon-MEX, na última quarta-feira. A falha dá sequência a um histórico recente de expulsões precoces de rubro-negros na Libertadores. Em 2008, Toró deixou o campo mais cedo no revés de 3 a 0 diante do Nacional, no Uruguai, por ter agredido um gandula com 42 minutos de bola rolando. Duas edições depois, outros dois novos incidentes: na estreia - vitória por 2 a 0 sobre a Universidad Católica -, Willians conseguiu ir para o chuveiro com apenas dois minutos de partida; e, no primeiro confronto entre Fla e Corinthians pelas oitavas de final - triunfo por 1 a 0 -, Michael, aos 36 da etapa inicial, foi convidado a se retirar do gramado após entrada duríssima em Dentinho.
A repetição do erro dentro do Flamengo deixa uma lição clara: Libertadores não é guerra. Malandragem e catimba são elementos indispensáveis para disputá-la, mas violência jamais. Toró, hoje perto dos 28 anos, admite ter se equivocado na polêmica com o gandula - quando tinha 22 - e garante ter hoje um novo entendimento da competição.
- Quando se trata de uma Libertadores, realmente a gente fica um pouco mais pilhado, ligado. Só depois que, com o tempo, fui aprendendo que não funcionava daquela forma. Tinha que estar ligado, sim, mas não a ponto de perder a cabeça. Na Libertadores, parece que os caras lá de fora já são treinados para catimbar. Aquele menino, o gandula, já tava meio treinado. Sempre que a gente ia buscar a bola, ele a chutava para o lado. Não aguentei e tive que empurrar (o garoto). Hoje eu não faria, tenho uma forma completamente diferente de pensar sobre a Libertadores. O jogo é mais pegado (na Libertadores), mas não é desleal. Os argentinos e uruguaios chegam firme na bola, fazem catimba, mas dificilmente são desleais. Hoje também tem milhões de câmeras espalhadas para tudo quanto é lado. Antigamente os caras cuspiam, davam soco, mas agora, com as câmeras, qualquer coisinha os árbitros já estão expulsando - afirmou o volante, atualmente analisando propostas do futebol asiático.
Toró lembra que, apesar do vacilo, foi abraçado pelos companheiros de Flamengo. Houve até um desentendimento no retorno ao Brasil, onde Souza, o Caveirão, o defendeu.
- Lembro como se fosse hoje. No Aeroporto aí no Rio, o torcedor veio comigo e jogou a camisa do Nacional em cima de mim, como se estivesse querendo dizer que a derrota foi por minha culpa. O Souza me defendeu, partiu para cima do cara e disse que não tinha nada a ver, que acontecia.
640 visitas - Fonte: Globo Esporte
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