Durante a final da CONMEBOL Libertadores, sirva-se uma cena inusitada nas arquibancadas do Estádio Monumental de Lima, no Peru: um homem vestindo a camisa do Botafogo cercado por torcedores do Flamengo e do Palmeiras. Essa situação curiosa não era um acaso, mas sim a realização de um sonho de um pai, Douglas Seixas, de 35 anos, que explicou a sua presença ao lado da torcida rival.

Botafoguense convicto, Douglas é pai de George Uriel, de apenas 9 anos, que herdou a paixão pelo Flamengo, puxando o time da mãe. "Ele e a mãe são flamenguistas, assim como minha mãe e meu irmão, que é palmeirense. Sou o único botafoguense da família", revelou Douglas, orgulhoso em sua camisa alvinegra.

O médico, que recorda um momento marcante em 2024, quando o Botafogo conquistou a Libertadores em Buenos Aires, lamenta não ter podido viver essa experiência no estádio. "No ano passado, não consegui ir à final, mas queria que meu filho tivesse essa experiência pelo menos uma vez na vida dele. Por isso, fiz o esforço e vim a caráter para essa ocasião especial", destacou.

Embora a rivalidade entre Botafogo e Flamengo seja intensa, Douglas não encontrou nenhum problema em estar no meio da torcida rival. Ele brincou sobre passar a faixa da vitória para o filho, mas no fundo, sua torcida era pelo Palmeiras. "Está tudo tranquilo. Fomos para uma área mista. Até teve uma brincadeira sobre eu passar a faixa para o meu filho, mas na verdade, espero passar a faixa para o Palmeiras", disse, entre risadas e um clima de descontração que dominava as provocações desse setor.

Por fim, com um sorriso no rosto, Douglas fez um pacto divertido: "Já combinamos: se o Palmeiras ganhar, deixo eles e vou para a festa. Se o Flamengo ganhar, vou para a festa com eles". Assim, o amor familiar e a rivalidade esportiva se entrelaçam em momentos de alegria e emoção, mostrando como o futebol é capaz de conectar, ainda que de maneira divertida, corações em lados opostos.